O dilema de Eduardo Paes como cacique do PSD

Futuro político do prefeito passa pela escolha do candidato ao governo

Foto: REPRODUÇÃO/AGÊNCIA BRASIL
O dilema de Eduardo Paes como cacique do PSD

Vai faltar apito para o tamanho da pajelança de  Eduardo Paes amanhã, em um hotel da Barra. São esperadas mais de 2 mil pessoas, entre caciques, pré-candidatos, e índios no evento do PSD, do qual também vai participar o presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco. Mas na oca fluminense, a grande expectativa é pelos sinais de fumaça que o prefeito vai dar em relação à disputa pelo cocar de governador.

A tribo ainda não se recuperou plenamente dos traumas causados pelas duas derrotas seguidas do grupo — a de 2016, quando Pedro Paulo não chegou sequer ao segundo turno, e a de 2018, quando o próprio Paes foi escalpelado por Wilson Witzel. Agora, querem uma demonstração de força antes de se pintarem para a guerra.

A cúpula do partido de Gilberto Kassab fala em conquistar 10 das 46 cadeiras na Câmara dos Deputados. Do poder de fogo da nominata, a turma da política não duvida. Mas aposta que o objetivo só pode ser alcançado se os eleitores tiverem que digitar 55 na urna eletrônica contra o 22 de Cláudio Castro. E mesmo a cabeça de chapa não é garantia de animar a taba a pedir votos. A escolha por um nome considerado "fraco" será interpretada como uma mostra de que Paes não estaria tão empenhado na disputa — e um sinal verde para uma migração (ainda que disfarçada) rumo às hostes do governador. Por enquanto, o presidente da OAB, Felipe Santa Cruz, ainda não demonstrou ter essa força.

Portas fechadas pelo preconceito

O Núcleo de Atendimento à Pessoa com Deficiência, órgão da Secretaria estadual de Trabalho, recebeu uma demanda inusitada este mês. Mesmo com um bom currículo, uma mulher trans resolveu procurar a unidade depois de só conseguir emprego… em salões de beleza. Embora a demanda tenha surgido em uma área de atendimento exclusivo a PCDs, a pasta tenta fazer a ponte com empresas que reconhecem a importância da diversidade.

Chapa de consenso

O presidente da Alerj, André Ceciliano (PT), está empenhado em replicar na pré-candidatura ao Senado a imagem de "homem de diálogo". Uma das conversas para a suplência é com Samuel Malafaia (DEM) — irmão do pastor Silas.

Pedalando pela segurança

A Delegacia de Atendimento ao Turista vai doar para o Segurança Presente sete bicicletas apreendidas. As magrelas ficam depositadas na delegacia aguardando a recuperação por parte dos donos, que muitas vezes não aparecem.


Picadinho

Mônica Alexandre dos Santos será homenageada com a placa Dr. Martin Luther King Jr. pela Associação dos Advogados Evangélicos do Brasil (AAEB).

Hoje, às 14h, tem audiência pública na Câmara para debater o futuro da festa no Sambódromo e na Intendente Magalhães.

Na Alerj, as Comissões de Direitos Humanos e do Trabalho debatem o acesso a água e saneamento no sul do estado.

A Secretaria Municipal de Cultura divulgou o resultado da fase de habilitação de projetos do Fomento Carioca, o Foca. A próxima fase é a de seleção.