Segurança: os cuidados para evitar desvios das vacinas
É preciso estar atento não somente ao risco de roubos, mas também aos privilégios de quem está acostumado com o tráfico de influência
O início do Plano Nacional de Vacinação traz desafios. Para o Governo Federal, disponibilizar o imunizante "no D e na hora H", o que nem sempre dependerá somente do comprador dos insumos. E, para governadores e prefeitos, a logística de distribuição e a garantia de segurança física das vacinas. No dia 5 de abril de 2019, por exemplo, um caminhão carregado com 90.454 doses de vacina destinadas à rede municipal de saúde do Rio de Janeiro foi roubado. É bem verdade que as doses de imunização contra a gripe e materiais médicos foram recuperadas no dia seguinte. Em março do ano passado, dois funcionários de uma Unidade Básica de Saúde (UBS) em Embu das Artes, na Grande São Paulo, foram detidos, após o roubo de ampolas de vacina contra a gripe (influenza e H1N1). Não é somente este risco que será preciso para redobrar o cuidado, e sim os privilégios de quem está acostumado com o tráfico de influência.
NEPOTISMO
A Polícia Federal estará atenta para aqueles que se utilizarem de prestígio junto às autoridades dos estados e municípios para a facilidade em se furar filas, queimar fases e tomar vacinas antes das pessoas prioritárias. Também, por isso, a Justiça quer saber detalhes do Plano de Vacinação e como será a fiscalização de todo o processo. Caso contrário, além do risco de desvio de cargas, o país assistirá ao nepotismo e ao compadrio que estão acostumados a obter vantagens, até mesmo em momento sanitário grave.
Tijuca de olho no Cristo
O deputado estadual Rodrigo Amorim (PSL) participou de uma reunião na subprefeitura da Tijuca, no Rio, com diversos influenciadores digitais da região - e ali nasceu a ideia: o bairro terá um novo ponto de partida de turistas para visita ao Cristo Redentor, provavelmente com ponto de informações e comércio. O projeto será levado ao prefeito Eduardo Paes (DEM).
Onde estão as autoridades
Viajar para Angra dos Reis não tem sido fácil. No último domingo, um leitor levou 6 horas para o trajeto de volta à capital, sem que aparecesse um carro da Polícia Rodoviária Federal para ajudar o trânsito a fluir. "É sempre assim aos domingos. A partir de 15h, o trecho desde Mangaratiba vira um inferno na Rio-Santos, além dos buracos e curvas perigosas. Vão aumentar o aeroporto para receber aviões de 52 lugares, mas isso não impede, contudo, que se sinalize e recapeie a estrada".