Pilotos de aéreas entram em alerta com MP da terceirização
Medida Provisória autoriza "pejotização" da categoria, que prevê perdas de direitos e risco na operação
Por Coluna Esplanada | Por Leandro Mazzini |
Os pilotos das aéreas estão em estado de alerta na cabine. Querem evitar a “pejotização” da categoria nas companhias, o que lhes custará caro, além das milhares de demissões no Brasil desde o início da pandemia. Está na pauta da Câmara nesta semana a MP 964/20, que abre brecha para a terceirização da contratação de pilotos e copilotos.
A MP foi publicada pelo Governo em 8 de maio e perde a validade no próximo dia 7. O comandante Tiago Rosa, secretário-geral do Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA), afirma que a MP, se aprovada, “vai causar, entre outras consequências, falta de segurança e precarização da profissão”.
Tiago Rosa lembra que a vedação à terceirização foi justamente uma das conquistas da categoria com a nova Lei do Aeronauta, aprovada pelo Congresso em 2017. “Entendemos que, num momento de pandemia, no qual os aeronautas estão entre as categorias mais afetadas, essa MP não deve ser votada”, diz o comandante.