Lira oficializa apoio a Hugo Motta como seu sucessor na Câmara
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Lira oficializa apoio a Hugo Motta como seu sucessor na Câmara


eleição para presidente da República é por certo a que indica aos seus postulantes a possibilidade do exercício da função mais poderosa de nosso Estado. No entanto, no universo político, a eleição para presidente da Câmara Federal de Deputados vem logo atrás.

O presidente da casa dos deputados federais tem as chaves da pauta do legislativo, decidindo o que será votado ou não, influenciando ainda diretamente sobre a presidência das várias comissões internas da Câmara. É alguém com poder manifesto para dentro do legislativo e também para fora, especialmente em relação ao governo.

Como um elemento a comprovar as dificuldades enfrentadas pelo governo atual, de esquerda, frente a um Congresso Nacional majoritariamente de direita, vemos o PT sem candidatura oficial ao posto maior do legislativo brasileiro. Para quem já teve João Paulo Cunha, Arlindo Chinaglia e Marco Maia na liderança máxima da Câmara, e num passado não tão longínquo assim, é um dado importante.

Com o governo fora do páreo, a disputa atual é entre os candidatos do “centrão”, inflacionado de postulantes, com forças desiguais, porém. A disputa se afunila. Hugo Motta, do Republicanos, tem o apoio do atual presidente Arthur Lira, e vê, contudo, a sombra de Antonio Brito do PSD sobre si e este último declarou recentemente que confia no voto de “deputados federais independentes e insatisfeitos”.

O PT, mesmo sem candidato próprio, tem uma força inegável, contando com 68 deputados. Sem contar PSOL, PcdoB e outros partidos de esquerda, que, se forem computados, podem formar um bloco de 80 deputados. Os candidatos sabem disso e tratam de temperar seus discursos, equilibrando independência e ponderação na mesma proporção.

Oficialmente, o governo apoia Hugo Motta. Certamente o faz por falta de opção, como já exposto. O ideal seria ter um candidato petista competitivo, mas esse candidato não existe concretamente. E política é também a arte do possível.

Hugo Motta canta folgada vantagem, anunciando ter mais de 320 votos, montante que, real, se revela mais do que suficiente para eleger Motta. Ocorre que o voto é secreto e traições são inevitáveis. Há deputados do PL, por exemplo, insatisfeitos com a decisão do partido de apoiar Motta e esses parlamentares podem acabar se voltando a Brito como uma alternativa.

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