Neste momento crucial da história, a geração atual se depara com desafios sem precedentes que vão moldar o futuro de nossa sociedade e humanidade. Enfrentamos uma era marcada por rápidas mudanças tecnológicas, crises ambientais, pobreza extrema e uma complexidade geopolítica com ascensão do bloco Sino-Russo-Irã, antidemocrático, anti-economia de mercado e anti-liberdade-individual.
É neste contexto que o sistema educacional, especialmente o universitário, assume um papel fundamental. Este sistema não é apenas responsável por transmitir conhecimento, mas tem a missão imperativa de preparar os jovens para serem pensadores críticos, solucionadores de problemas e líderes éticos.
As universidades, tradicionalmente bastiões da liberdade de expressão e do debate intelectual, têm enfrentado críticas crescentes devido a tendências que alguns veem como contrárias aos seus princípios fundamentais. Nos Estados Unidos, por exemplo, o movimento "woke" tem sido um ponto focal dessas críticas. Este movimento, que prioriza a conscientização sobre questões sociais e de justiça, tem sido associado a uma série de incidentes em campus universitários que parecem desafiar o ideal de liberdade acadêmica.
Os principais exemplos dessa ideologia woke é a simples divisão entre “opressores” e “oprimidos”, ignorando dados, fatos, estudos, pesquisas e a humildade necessária para um debate construtivo. O exemplo que vemos, são as manifestações a favor do grupo terrorista Hamas, com a suposição de que seriam legítimos por serem mais fracos, enquanto as Forças de Defesa de Israel (FDI), são os opressores por serem mais fortes. Poucos percebem a contradição com os ataques diretos a civis Ucranianos pela Rússia, ou centenas de milhares de mortos na Síria e no Iêmen.
A necessidade de um currículo que esteja alinhado com as demandas do século XXI é mais premente do que nunca, pois é através da educação que podemos capacitar esta geração para enfrentar e superar os obstáculos que definirão nosso amanhã. Mas alguém acredita, diante da doutrinação ideológica e a falta de ferramentas práticas que estas organizações vão de fato corroborar uma geração melhor do que as antecessoras?
A resistência humana à mudança, especialmente no contexto de comportamentos e sistemas sociais estabelecidos, é um fenômeno complexo e persistente, visivelmente refletido nas instituições de ensino superior. Universidades, em muitos aspectos, têm se tornado palcos de disputas políticas, onde frequentemente a prioridade parece ser a preservação do status quo e da segurança profissional dos docentes, em vez de fomentar um ambiente de aprendizado dinâmico e desafiador para os estudantes.
Esta tendência resulta em currículos e métodos de ensino que muitas vezes não acompanham as rápidas mudanças e necessidades da sociedade contemporânea. Em vez de serem incubadoras de inovação e pensamento crítico, que impulsionam os alunos a alcançarem seu máximo potencial e se adaptarem às demandas do mundo moderno, algumas universidades parecem mais focadas em defender interesses internos e perpetuar abordagens tradicionais.
Desafiar o status quo no sistema educacional requer a reconsideração de como preparamos os jovens para a universidade e, em última análise, para a vida. Um aspecto crucial nessa transformação é a integração de experiências práticas antes do ingresso na universidade. Inspirando-se no modelo israelense, onde muitos jovens servem nas forças armadas ou viajam antes de iniciar seus estudos universitários, poderíamos explorar um sistema onde os jovens participem de um período de "força tarefa social".
Imagine um cenário onde, antes da universidade, os jovens se engajem em atividades significativas, como trabalhar em hospitais, servir no corpo de bombeiros, polícia ou em outros serviços comunitários. Essas experiências, remuneradas pelo Estado, não só os introduziriam a uma variedade de desafios e realidades nacionais e internacionais, mas também proporcionariam uma perspectiva mais ampla e uma base de experiências práticas que enriqueceriam seus estudos universitários subsequentes.
Naturalmente, a implementação de tal programa requer um equilíbrio cuidadoso para não infringir as liberdades individuais. Talvez a solução esteja em oferecer incentivos e reconhecimento para aqueles que optam por esse caminho, em vez de impor como uma obrigação. Este sistema poderia ser um meio eficaz de tornar a educação universitária mais relevante e adaptada às necessidades do mundo moderno. O desafio é encontrar o equilíbrio certo entre proporcionar experiências formativas e preservar a liberdade de escolha, garantindo que o sistema educacional não apenas prepare os jovens academicamente, mas também os equipe com habilidades práticas e empatia para enfrentar os desafios do futuro.