Jair Bolsonaro (PL) não deve concorrer a nenhum cargo eletivo no Brasil. Essa é a teoria predileta dos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), que devem julgar os processos contra o ex-presidente em breve. Porém, para quem torce para uma possível prisão do político, isso não deve acontecer tão facilmente.
A coluna ouviu de um assessor próximo de um ministro do Supremo que algo do tipo não deve acontecer em um futuro tão próximo. "A prisão de Lula foi muito dolorosa para o país e ensinou uma lição importante", diz a fonte. "Os ministros entendem que não há espaço para alimentar os ideológicos com uma prisão".
Em conversas privadas, os membros da Corte defendem ponderação em vez de vingança. "Ninguém quer prender o Bolsonaro só para tirá-lo do cenário. Isso seria por fogo no país", diz o mesmo assessor. Para ele, a maioria do STF defende a posição de que a prisão só deve ocorrer após todo o processo judicial e se houver condenação. "Sem atropelo para deixar o Brasil sair dessa guerra ideológica".
Porém, a vida do ex-presidente não será assim tão fácil. "Já existem seis ministros favoráveis a tornar o ex-presidente inelegível por, pelo menos, oito anos", revela. Ele garante ainda que somente dois estariam propensos em inocentar Bolsonaro dos crimes eleitorais, mas não cita nomes. "Todos sabem quem são".
Questionado pela coluna o que deve acontecer nos próximos meses, o assessor é taxativo. "Nas palavras que ouvi de um ministro: Bolsonaro ficará inelegível, mas não será preso", encerra.