Daniel Cesar

A aliados, Lula zomba da volta de Bolsonaro: 'Tem vaga no circo?'

Presidente afirmou que não teme inimigo político no Brasil

Bolsonaro posa para foto ao lado do filho Flávio após retorno ao Brasil
Foto: Reprodução/Twitter @FlavioBolsonaro
Bolsonaro posa para foto ao lado do filho Flávio após retorno ao Brasil

A volta de Jair Bolsonaro (PL) ao Brasil  não está preocupando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O petista afirmou a aliados que não perdeu um único minuto de sono ao saber que seu principal inimigo político retornou ao país. Para ele, sem o uso da máquina pública e com a Justiça Eleitoral e o STF (Supremo Tribunal Federal) na cola, não há riscos.

Um importante aliado de Lula conversou com a coluna, sob a condição de anonimato e contou qual foi a reação de Lula, durante a semana, ao saber que Bolsonaro havia comprado a passagem para voltar ao Brasil. "Tem vaga no circo?", teria questionado o petista ao seu núcleo duro, provocando riso geral. O presidente deu a entender que considera o adversário em 2022 como um palhaço e que não o tema.

"Lula não está com um pingo de temor. Ele sabe que o Bolsonaro vai tentar tumultuar, mas sem a máquina e com o STF na cola, é só um palhaço que não causa estrago algum", comentou o mesmo aliado. O presidente disse a pessoas próximas que não pretende mudar de postura só porque o inimigo está mais perto. "Se fizer gracinha acaba em cana", lembrou um deputado petista ao falar sobre o desejo de parte do Supremo de prender o ex-presidente.

A coluna questionou mais de um ministro sobre o governo ter feito alguma orientação sobre as prováveis provocações de Bolsonaro. "A ordem do Lula é ignorar. O governo não vai dar palanque porque é isso que o genocida quer e não vamos cair nessa", afirmou um dele em conversa privada com a coluna. O fato de ninguém saber as intenções de Bolsonaro e do PL a partir de agora é o que mais tem incomodado, no entanto.

Para outro aliado, é muito difícil não cair nas provocações que o ex-presidente deve lançar, mas ele concorda que é preciso resistir. "Ele que fique com a Jovem Pan e com o Superpop, a política séria não pode dar mais espaço para este homem", salientou um senador em conversa com a coluna.