Com demissão de Castello, Bolsa vê fuga de capitais e volta do Custo Brasil

Decisão do presidente Jair Bolsonaro de troca no comando da Petrobras acendeu alerta no mercado

Presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco
Foto: Agência Brasil
Presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco

Há anos, nas mãos de diferentes presidentes da República, a Petrobras é a moeda eleitoral mais preciosa no cofre do Governo, na política de controle de preços dos combustíveis (que por sua vez, claro, seguram a inflação). Desta vez, a conta no mercado chegará alta a médio prazo, porém tão forte como anteriores.

A Bovespa está registrando altas retiradas de capitais do Brasil desde a demissão do presidente da petroleira, Castello Branco, decidida pelo presidente Jair Bolsonaro . São multinacionais que confiaram no discurso de Bolsonaro, na sua passagem por Davos em 2019, sobre segurança jurídica e novos tempos sem ingerência na empresa de capital aberto.

Previsibilidade é uma palavra alheia ao vocabulário do dia a dia de Brasília , mas ao citá-la tanto nos últimos dias, Bolsonaro resgatou a figura de Aécio Neves . A palavra foi o mote da campanha derrotada do tucano contra Dilma Rousseff em 2014.