Há uma articulação político-institucional, movida por políticos e advogados, para invalidar a delação premiada de Joesley Batista , dono da JBS, com o pretexto de que a Procuradoria Geral da República foi benevolente com os empresários ao deixá-los livres.
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Caso o plenário do Supremo Tribunal Federal derrube a delação com essa motivação, vão para o brejo as denúncias contra o presidente Michel Temer e o senador Aécio Neves, que se livram dos inquéritos.
Neste caso, os Batista teriam de topar nova delação proposta pela PGR, mas sem as benesses oferecidas na atual, como liberdade, sem tornozeleira e – o melhor para eles – sem processos. As empresas dos Batista são alvo de pelo menos quatro conhecidas operações da Polícia Federal: Greenfield, Carne Fraca, Bullish e Zelotes.
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Evidentemente, os ministros da Corte não participam de conluio, mas é forte a pressão e tentativa de advogados das partes no convencimento dos nobres togados sobre essa tese de que a PGR errou.