Foto do astronauta norte-americano Buzz Aldrin caminhando na Lua.
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Foto do astronauta norte-americano Buzz Aldrin caminhando na Lua.

Há exatos 50 anos, no dia 20 de julho de 1969, os astronautas norte-americanos Neil Armstrong, Buzz Aldrin e Michael Collins chegaram à Lua. Os dois primeiros chegaram à superfície lunar, enquanto Michael Collins os esperava em órbita. Um feito inédito, e digno de comemoração.

No entanto, mesmo depois de tanto tempo, ainda há quem não acredite no feito. Pesquisa recente do Datafolha mostra que 26% dos brasileiros acreditam que as filmagens da chegada dos astronautas à Lua é falsa. De onde vem essa crença?


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Era possível falsificar uma viagem à Lua?

A teoria mais popular afirma que a viagem do homem à Lua foi filmada pelo famoso diretor Stanley Kubrick, com grandes orçamentos e efeitos especiais dignos de  Hollywood.

Entretanto, todos os especialistas afirmam que seria impossível, à época, filmar algo assim. Desde a iluminação até o efeito de câmera lenta necessário para simular a baixa gravidade lunar, a tecnologia simplesmente não existia.

Temos várias evidências do sucesso da missão. Desde fragmentos de rochas trazidos de volta à Terra para estudos sobre a formação do nosso Sistema Solar até um espelho refletor utilizado para medir a distância à Lua através da reflexão de lasers.

Até mesmo a Rússia admite que os americanos chegaram lá, o exemplo mais recente sendo o presidente Vladimir Putin. Seria uma conspiração de centenas de milhares de pessoas, além de dezenas de governos de diversos países, algo impossível de conceber. Se mesmo os principais rivais dos Estados Unidos na corrida espacial admitem a derrota, por que alguns indivíduos ainda duvidam da história?


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A psicologia das teorias de conspiração

Se não é por fortes evidências científicas, talvez a origem das teorias da conspiração estejam na psicologia.

Especialistas afirmam que existe uma forte correlação entre sentimentos de ansiedade e a crença em teorias como a que nega a chegada à Lua. Ao participar dessa crença, em uma mentalidade de “nós contra eles”, pessoas podem se sentir especiais, superiores, participantes de um grupo privilegiado que sabe mais que os outros.

Não é difícil acreditar que efeitos como esse sejam ainda mais fortes no mundo atual, quando a internet e as redes sociais são capazes de ecoar e amplificar ainda mais essas vozes. É algo que vemos de maneira semelhante com a Terra Plana, afinal de contas.

É uma pena que uma parcela tão grande da população ainda duvide de cientistas e do sucesso da missão. Não seria melhor se pudéssemos contar com o apoio da sociedade em prol da ciência, ao invés do ceticismo infundado?

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