Oprah sofreu racismo, foi à luta e se tornou a afro-americana mais rica do mundo

Bilionária, Oprah Winfrey representa o sonho americano, uma vencedora: criada pela avó, venceu o racismo, trabalhou como repórter de TV antes de virar atriz e se tornar um fenômeno mundial.

Foto: Divulgação
Oprah Winfrey é a mulher afro-americana mais rica do mundo

Oprah Gail Winfrey foi criada em uma fazenda do Mississipi. Sua mãe, uma adolescente solteira, partiu para outro estado em busca de trabalho, deixando a filha receber uma educação cristã desde nova: aprendera a ler aos 2 anos e meio de idade e cursava o primeiro ano da escola fundamental na idade em que as crianças ainda brincavam no jardim de infância. Mas seu caminho promissor seria ainda barrado por um evento que seria lembrado para sempre: Oprah foi morar com a mãe na casa onde ela trabalhava – entre abusos sexuais na infância por parte dos patrões (dos 9 aos 13 anos) e abandono e displicência da mãe, a adolescente foi viver nas ruas e sentiu o racismo e o preconceito na pele.

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Poderosa, Oprah tornou-se uma das personalidades mais influentes da televisão mundial
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Não fosse seu pai, que a acolheu após uma gravidez precoce e morte do neto, Oprah provavelmente não chegaria tão longe depois. Em um ambiente seguro, ela direcionou sua personalidade forte para os estudos com o suporte emocional do pai.Foi à luta: graduada em Comunicações e Artes Cênicas pela Universidade Estadual do Tennessee, onde ganhou bolsa integral, Oprah estava pronta para dar seus primeiros passos na carreira. Assinou contrato com uma emissora de televisão local para atuar como repórter e âncora. Tornou-se uma das personalidades mais influentes da televisão.

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Depois de apoiar a candidatura de Barack Obama, Oprah entrevistou o então Presidente e sua esposa Michelle
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Hoje, é a mulher afro-americana mais rica do mundo. Em 2002, comprou um lote de 102 acres para construir sua casa e, em 2004, uma mansão no Canadá avaliada em 13 milhões de dólares na época. Seu patrimônio aumentou incrivelmente desde então, e hoje conta com muitas mansões em várias regiões dos Estados Unidos para uso próprio. Colocada em primeiro lugar na lista dos bilionários negros em 2009, no ano seguinte seu patrimônio seria avaliado pela revista Forbes em 1,95 bilhões de euros. Mas sua fama não expressa apenas a força do dinheiro. Já foi eleita a mulher mais popular no Tennessee, estado que abriga a cidade de Nashville e foi classificada em primeiro lugar na lista da Entertainment Weekly de 1998 como uma das pessoas mais poderosas no show business. Além de ser reconhecidamente uma ativista contra o abuso sexual, Oprah estendeu sua influência para outros negócios além de sua própria produtora: é parceira do Oxygen Media, Inc., um canal de TV a cabo voltado ao público feminino. Tornou-se, em 2000, uma das maiores filantropas do mundo com o Oprah's Angel Network, presenteando com 100 mil dólares pessoas que melhoravam a vida dos outros. “O que mais poderia haver depois de ter sido premiada por toda a realização de uma vida inteira?”

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Capa da revista Time, Oprah é notícia e respeitada no mundo todo
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Ela é sucesso, uma referência! Em 1983, Oprah se mudou para Chicago. Liderou o talk show matinal "AM Chicago", que teve seu primeiro episódio exibido no dia 2 de janeiro de 1984. Dentro de poucos meses, o programa se tornou o mais visto da região, superando o concorrente "The Phil Donahue Show". O sucesso foi tanto que a emissora concedeu uma hora inteira de duração ao talk show que foi rebatizado de "Oprah Winfrey Show" e passou a ser transmitido para todo o país em setembro de 1986.

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Uma revista com seu nome: Oprah estendeu sua influência para outros negócios
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Ela virou notícia mundial, a revista Time publicou: "Poucas pessoas apostaram que Oprah Winfrey teria uma rápida ascensão na mídia televisiva. Em uma área de trabalho dominada por homens brancos e mulheres brancas, ela é uma negra de preferência majoritária…" Seu programa de entrevistas, The Oprah Winfrey Show, ficou no ar por 25 anos e só chegou ao fim por decisão da própria apresentadora. A última edição aconteceu 25 de maio de 2011. Envolvida com a indústria literária e a mídia, Oprah ainda lançou um selo de qualidade para livros e é responsável por duas revistas. E mesmo com a agenda cheia, ainda se dedica ao cinema: em 2005, produziu o “Their Eyes Were Watching God”. No mesmo ano, produziu uma versão musical na Broadway de “A Cor Púrpura”. Como atriz, sua voz ecoou em uma série de animações de sucesso, incluindo “A Menina e o Porquinho”, “Bee Movie – A História de uma Abelha” e “A Princesa e o Sapo". Em 2008, anunciou planos para uma nova empresa de radiodifusão com a Discovery Health Channel, a ser renomeada como Oprah Winfrey Network (NMP). O que ela diz hoje sobre racismo, preconceito e a vida dura que viveu? “Tomara que no futuro você olhe para trás e se lembre de hoje como o dia em que decidiu fazer cada um dos seus momentos valer a pena, aproveitar cada hora como se fosse a última. E, se tiver que escolher entre ficar sentado e dançar, espero que você dance”.