De acordo com cientistas, embora pareçam contraditórios dois eventos estão conectados
Segundo cientistas, o aquecimento global com caráter mais vigoroso no Ártico pode levar a invernos mais frios e com mais nevascas em latitudes médias do Norte. Isto porque o aquecimento do Ártico mudaria os padrões de vento e circulação atmosférica, o que permitiria que o ar mais frio escoasse para a Europa e os Estados Unidos.
Esta não é a única teoria para o inverno rigoroso na Europa estar conectado com o aquecimento global. Em matéria publicada no site da revista Time, Judah Cohen, diretor da empresa de pesquisas ambientais ERA, afirma que o aumento na cobertura de neve na Sibéria pode ser o responsável pelo inverno extremo na Europa. De acordo com a matéria, mesmo que o planeta continue a aquecer e o Ártico a derreter, a cobertura de neve sazonal cresceu na Sibéria e na alta cordilheira da Ásia, como o Himalaia.
Cohen explica que com o aquecimento global, a atmosfera retém mais umidade, o que provoca mais chuvas, no geral. Na Sibéria, a precipitação caiu na forma de neve tornando o ar mais frio perto das montanhas. O aumento do gelo traz mais frio para o Sul do Ártico, em regiões dos EUA e da Europa.
De uma forma ou de outra, o fato é que mesmo com a nevasca na Europa, as médias globais de temperatura continuam a subir.