Parque que abriga onças-pintadas no Pantanal de MT foi destruído

O mês de setembro já registrou 5.300 focos de incêndio no Pantanal, batendo um  recorde de queimadas na região e Amazônia.  Entre as áreas atingidas, o fogo alcançou o Parque Estadual Encontro das Águas, localizado na região de Porto Jofre, na cidade de Poconé (distante 102 km de Cuiabá), destruindo 85% do parque que abriga a maior concentração de onças-pintadas do mundo.

A região é procurada o ano inteiro por turistas brasileiros e gringos, que desejam fazer a observação de onças-pintadas durante passeios de barco. Esses animais, que já são ameaçados de extinção , agora também se tornaram vítimas das queimadas que acontecem em todo o estado.

O Instituto Centro de Vida (ICV ) mantém um monitor de queimadas que analisa os incêndios por período. Em um vídeo divulgado pela instituição é possível ver como o Parque Encontro das Águas foi destruído pelas chamas. Confira:

85% do principal refúgio das onças pintadas foi queimado no Pantanal. Veja como as áreas do Parque Estadual Encontro das Águas estão sendo afetadas pelos incêndio. #PantanalEmChamas pic.twitter.com/VGmYL5ol94

— Instituto Centro Vida - ICV (@icvcentrodevida) September 15, 2020

A fauna e a flora locais sofrem sob as chamas.  Os animais que não morrem carbonizados, sofrem por não conseguir encontrar água ou comida, diz veterinário Jorge Salomão.  Ainda não foi feito um levantamento de quantos morreram no em consequência dos incêndios.

O governo decretou situação de emergência em Mato Grosso por causa dos incêndios florestais.  O decreto irá valer por 90 dias, podendo ser prorrogado.

Incêndios no Pantanal

Somente neste ano, a área queimada no Pantanal ultrapassou a marca de 2,3 milhões de hectares , o que equivale a 10 vezes o tamanho das cidades de São Paulo e Rio de Janeiro Juntas. O dado é do Prevfogo, o Centro Nacional de Prevenção e Combate aos incêndios florestais do Ibama.

As queimadas na região do Pantanal, até então o bioma mais afetado pelas chamas, se intesificaram quando a estiagem deixou os dias cada vez mais secos, com umidade abaixo dos 10%. O fenômeno natural se uniu ainda a  atuação criminosa e intencional de fazendeiros,  segundo perícia do Corpo de Bombeiros.