O ano de 2020 pode ter a maior redução de emissões de caborno já registrada desde a Segunda Guerra Mundial , de acordo com estudo do Global Carbon Project . A previsão é feita com base na grande desaceleração econômica imposta pelas medidas adotadas para conter a pandemia de covid-19 , doença causada pelo novo coronavírus .
De acordo com Rob Jackson, diretor do Global Carbon Projet, a queda das emissões pode ser de 5% ano a ano. Essa seria a primeira redução desde 2008, quando foi registrada uma diminuição de 1.4% durante a crise financeira.
“Eu não ficaria chocado comuma queda de 5% ou mais nas emissões de dióxido de carbono neste ano, algo que não é visto desde a Segunda Guerra Mundial . Nem mesmo a queda da União Soviética, nem várias crises de petróleo, ou de poupança e empréstimos, dos últimos 50 anos, tiveram o potencial para afetar as emissões como a crise atual tem”, afirmou Jackson em entrevista à agência Reuters.
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Não é o bastante
A previsão, no entanto, não é garantia de que o mundo vá sustentar esse cenário por muito tempo. Apesar de alertas constantes de que as emissões globais precisam começar a cair imediatamente, muitos países não tomaram medidas e só reduziram suas emissões quando foram forçados a aderir iniciativas de combate ao coronavírus.
“"Essa queda não se deve a mudanças estruturais. Assim que o confinamento terminar, a expectativa é que as emissões voltem perto de onde estavam", afirma Corinne Le Quera, cientista da da Universidade de East Anglia, na Inglaterra.
Depois da queda entre 2007 e 2008, por exemplo, logo as emissões voltaram a aumentar em 5,1%, com a reestruturação da economia. Por isso, os cientistas alertam que apenas uma mudança estrutural será capaz de manter o nível após a redução.