Operação militar contra incêndio na Amazônia pode ser prorrogada por um mês

Ministro da Defesa disse que medida foi tomada por causa do tempo seco. Segundo ele, a permanência das Forças Armadas no local é "conveniente"

Foto: Fotos Públicas
Forças Armadas estão na Amazônia desde o dia 24 de agosto deste ano

"Tenho um despacho com o presidente da República ainda hoje e vamos ver a necessidade e as solicitações de ser prorrogada ou não. O mês de setembro está sendo visualizado pelos especialistas como tão seco ou igual a agosto. Talvez a permanência das Forças Armadas seja conveniente", disse o ministro, que acredita que a operação na Amazônia vai continuar. "A princípio, sim", respondeu a um repórter que perguntou se a operação deve permanecer.

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Azevedo e Silva apresentou dados de 29 dias da operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) na Amazônia Legal, que foi realizada a partir da solicitação dos governos estaduais da região. O decreto presidencial que fundamenta a operação é válido até o dia 24.

Foram combatidos mais de 500 focos de incêndio no período. Cerca de 2,1 mil militares foram capacitados como brigadistas e 51.913,33 metros cúbicos de madeira extraída ilegalmente foi apreendida. Ao todo, a operação resultou em 106 termos de infração que somam R$ 28,3 milhões em multas.

O ministro afirmou que a maior preocupação com os focos de calor está concentrada no norte de Mato Grosso e no sul do Pará. Também preocupam o centro-sul do Mato Grosso e Goiás.

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"Não temos preocupação na mata nativa", disse Azevedo e Silva.

Durante sua palestra, o ministro apresentou gráficos que indicavam que a quantidade de focos de calor registrada em agosto de 2019 superou a média histórica, mas ficou abaixo dos piores anos desde 1998.

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"Tem muita propaganda negativa em relação a isso que não corresponde com a realidade vivida agora", afirmou ele, que explicou que os focos de calor não são necessariamente focos de incêndio.

Orçamento

O general também disse que o ministério pode ter um "alento" no orçamento deste ano, com um possível descontingenciamento de recursos que beneficiaria todos os ministérios. Segundo Azevedo e Silva, o Ministério da Defesa foi o mais afetado pelo contingenciamento, com 49% dos recursos bloqueados.

"Estamos em tratativas para melhorar o Projeto de Lei Orçamentária do próximo ano em relação às Forças Armadas. Temos nossos projetos e não podemos atrasar mais o custeio nosso".