Sete estados já pediram apoio federal para combater incêndios florestais
Roraima, Rondônia, Tocantins e Pará já haviam enviado pedidos formais para combate de incêndios; Acre, Mato Grosso e Amazonas foram inclusos na lista
Por Agência Brasil |
25/08/2019 14:06:34
Um despacho do presidente Jair Bolsonaro, publicado em edição extra do Diário Oficial da União (DOU) neste domingo (25), autorizou o emprego das Forças Armadas no combate aos incêndios florestais no Acre, Mato Grosso e Amazonas.
Leia também: Forças Armadas iniciam combate às queimadas na Amazônia neste sábado
Com isso, são sete os estados que solicitaram apoio federal nas operações de combate aos incêndios , já que Roraima, Rondônia, Tocantins e Pará já haviam feito o pedido desde a última sexta -feira (23), quando o presidente assinou o decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) que permite a atuação dos militares da União.
A medida vale para áreas de fronteira, terras indígenas, em unidades federais de conservação ambiental e outras áreas da Amazônia Legal.
Segundo o texto, o emprego dos militares será autorizado apenas mediante requerimento do governador de cada estado da região. A Amazônia Legal é um território que abrange os estados do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, de Rondônia, Roraima e parte dos estados de Mato Grosso, do Tocantins e do Maranhão.
No sábado (24), o ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, afirmou que cerca 44 mil militares das Forças Armadas estão continuamente na Região Amazônica e poderão ser empregados nas operações.
Já o Ministério da Economia informou neste domingo (25), em nota, já ter aprovado o descontingenciamento imediato R$ 38,5 milhões do orçamento da Defesa para custear os trabalhos de combate aos incêndios conduzidos pelas Forças Armadas.
Leia também: Macron pede "mobilização de todas as potências" do G7 pela Amazônia
Aviões em operação
A Força Aérea Brasileira (FAB) está empregando, desde ontem (24), duas aeronaves C-130 Hércules no combate aos focos de incêndio na Amazônia. Os aviões são operados pelo Primeiro Esquadrão do Primeiro Grupo de Transporte e têm usado o aeroporto de Porto Velho, em Rondônia, como base.
As aeronaves são equipadas com o sistema chamado MAFFS ( Modular Airborne Fire Fighting System , em inglês). O equipamento é composto por cinco tanques de água e dois tubos que se projetam pela porta traseira do avião, podendo carregar até 12 mil litros de água. Para realizar a missão, a aeronave tem que sobrevoar a área do incêndio a uma altura de 150 pés (aproximadamente 46 metros de altura), segundo a FAB.
O lançamento, por meio de pressão, dura sete segundos e a própria inércia se encarrega de espalhar o líquido sobre o fogo, por uma linha de 500 metros. Após despejar a água, o avião retorna para a capital de Rondônia, ponto de apoio, onde recebe um novo carregamento.