Redução drástica nas horas trabalhadas pode combater crise climática

Estudo aponta que países da Europa devem passar para uma semana de trabalho de nove horas para fazer com que os níveis de carbono baixem

Para evitar um aquecimento climático desastroso acima dos 2º C, trabalhadores europeus deveriam reduzir drasticamente suas cargas horárias de trabalho, segundo estudo do instituto Autonomy.

Os trabalhadores no Reino Unido precisariam reduzir para nove horas de trabalho por semana, se não houver uma descarbonização radical da economia. Reduções semelhantes foram consideradas necessárias na Suécia e na Alemanha com os níveis atuais de intensidade de carbono.

O documento enfoca as emissões produzidas por indústria em cada economia, com base nos dados da OCDE e da ONU , mas não leva em conta outras vantagens ambientais da redução do horário de trabalho, de menos deslocamento para menos bens produzidos e recursos utilizados.

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“Tornar-se uma sociedade sustentável e verde exigirá várias estratégias – uma semana de trabalho mais curta é apenas uma delas”, disse Will Stronge, diretor da think tank Autonomy. “Este trabalho e outras pesquisas nascentes no campo devem nos dar muito material sobre o qual refletir quando consideramos quão urgente é o Green New Deal e como ele deve ser.” O Green New Deal é pacote de estímulo proposto para enfrentar as mudanças climáticas e as desigualdades econômicas.

Há um apoio crescente nos EUA e na Europa para o chamado Green New Deal, que visa a uma rápida descarbonização da economia, criando empregos sustentáveis, seguros e bem pagos. Acelerar a automação também levou a um aumento das solicitações por uma redução na semana de trabalho.

Stronge afirma que os avanços tecnológicos e a emergência climática significam que uma semana de trabalho mais curta é agora não apenas viável, mas essencial, como parte dos esforços para lidar com a emergência climática .