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Reprodução/ Sasarota Dolphin Research
Estudiosos coletaram amostras de urina de 17 golfinhos, porém, não conseguiram desvendar como aditivo chegou até eles

Compostos químicos encontrados na composição de produtos domésticos e de limpeza e em cosméticos foram identificados nos organismos de mamíferos marinhos selvagens pela primeira vez. Um estudo realizado pela Faculdade de Carleston, nos Estados Unidos, descobriu a presença da substância conhecida como ftalatos na urina dos golfinhos, alertando para problemas no metabolismo desses animais. As informações são do Daily Mail .

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Pesquisadores revelaram que a substância detectada na urina dos golfinhos é popular por ser um disruptor endócrino, muito associada a problemas hormonais e reprodutivos em humanos, tendo como efeitos a baixa contagem de espermatozoides e o desenvolvimento anormal dos órgãos reprodutivos.

Para a publicação, os estudiosos coletaram amostras de urina de 17 golfinhos em Sarasota Bay, na Flórida, entre 2016 e 2017, porém, não conseguiram desvendar como o aditivo afetou de fato a vida desse grupo, que foi avaliado com resquícios de ftalato na gordura e na pele.

"Nos dedicamos a estudar a urina porque, em pesquisas anteriores feitas com humanos, essa tem sido a matriz mais confiável para indicar exposição a curto prazo", disse a professora de saúde pública, Leslie Hart.

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Resíduos plásticos podem ter levado ftalatos para organismo dos golfinhos

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Wikimedia Commons
Substância conhecida como ftalato foi identificada na pele e impregnada na gordura dos golfinhos da Flórida, nos EUA

Por meio de análises, os cientistas identificaram que seres humanos podem ser expostos a ftalatos através de produtos de limpeza, cosméticos e itens de higiene pessoal,  porém, a fonte dos níveis observados nos golfinhos ainda é um mistério.

O grupo suspeita que os resíduos plásticos podem ser os culpados, já que altas concentrações de um composto específico comumente adicionado ao plástico foram encontradas no material coletado dos cetáceos.

"Essas substâncias químicas podem ser transportadas para os oceanos por meio do escoamento urbano e das emissões agrícolas ou industriais. Mas também não descartamos que possam ter chegado as águas devido à poluição , mais especificamente por causa da quantidade assustadora de plástico no meio ambiente”, acrescentou.

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Vale mencionar que os ftalatos são geralmente adicionados aos produtos para durabilidade e lubrificação e, de acordo com a apuração do grupo, possuem características que geram um quadro de degradação, iniciada pelo fígado. "Estamos procurando por metabólitos. Eles são indicadores eficazes de que os golfinhos foram expostos em seu ambiente e que seus corpos começaram a processar o composto só agora”, concluiu Hart.

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