Cientistas fazem descoberta sobre atmosfera de planeta do tamanho de Júpiter

Novas informações sobre a atmosfera do planeta surpreenderam astrônomos

Planeta tem atmosferas diferentes dependendo do ponto da crosta
Foto: Rachel Amaro/University of Arizona
Planeta tem atmosferas diferentes dependendo do ponto da crosta

A revista científica Nature Astronomy publicou nesta terça-feira, 24, um artigo sobre a descoberta de uma  atmosfera incomum em um exoplaneta do tamanho de Júpiter , localizado a 211 anos-luz da Terra. Os pesquisadores da Universidade do Arizona, nos Estados Unidos, conseguiram detectar o feito com a ajuda do Telescópio Espacial James Webb, da Nasa .

O planeta se chama WASP-107 b e se destaca por ser extremamente quente, inflado e assimétrico: as duas extremidades da atmosfera são bem diferentes entre si.

O planeta foi descoberto em 2017 e, desde então, começaram as análises de sua atmosfera diferenciada. Ele é assimétrico e pode representar atmosferas diferentes em cada região. Com isso, podem se diferenciar distribuição de nuvens, temperaturas, entre outros.

"Esta é a primeira vez que a assimetria leste-oeste de qualquer exoplaneta foi observada enquanto ele transita sua estrela, do espaço. Acredito que observações feitas do espaço têm muitas vantagens em comparação com observações feitas do solo”, disse Matthew Murphy, autor do estudo, em comunicado.

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O método de estudo é uma espectroscopia de transmissão. Ele permite registrar imagens, decodifica dados de atmosfera e coleta informações sobre processos químicos, gases, formação de nuvens e como os elementos se comportam no geral.

As informações ajudaram a entender melhor a origem e funcionamento do planeta e universo.

O planeta intriga os cientistas desde a descoberta por ser inchado, ter baixa densidade e gravidade, e ter uma temperatura de 480°C.

"Não temos nada parecido em nosso próprio Sistema Solar. É único, mesmo entre a população de exoplanetas", disse Murphy.

Thomas Beatt, co-autor, disse: "Esta é realmente a primeira vez que vemos esses tipos de assimetrias diretamente na forma de espectroscopia de transmissão do espaço, que é a principal maneira pela qual entendemos do que são feitas as atmosferas dos exoplanetas. É realmente incrível."

Porém, ainda não se sabem as causas da assimetria . Os cientistas seguirão com os estudos para tentar encontrar mais respostas.

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