Água em Marte? Nasa calcula camada subterrânea suficiente para criar oceano global

Estudos da Nasa indicam que planeta teve rios, mares e oceanos - e essas águas encontram-se enterradas no subterrâneo, mas líquidas

Desde 2018, outros dois estudos deram indício de que Marte tem água em estado líquido
Foto: EFE/ EPA/ USGS/ Astrogeology Center
Desde 2018, outros dois estudos deram indício de que Marte tem água em estado líquido


A NASA divulgou nesta segunda, 12, que Marte pode ter água em estado líquido no subsolo. A quantidade, inclusive, seria suficiente para um oceano no globo inteiro. Os dados vêm da medição da sonda Mars InSight.

O mais provável pelas medições é que as águas estariam localizadas de 11,5 a 20 km da crosta. Cientistas acreditam que antes essas águas ficavam em rios, lagos e talvez oceanos, mas infiltraram há bilhões de anos.

Há água em Marte?

Os novos dados de sonda foram publicados na Proceedings of the National Academy os Science, revista acadêmica. Mas não é o primeiro estudo que sugere água em estado líquido em Marte.

Pelo menos duas outras pesquisas recentes apontam para essa existência: um artigo publicado em 2018 e outro em 2020; este indicou que há água no sul do planeta, água salobra abaixo de gelo.

Há vida em Marte?

Há um dito antigo que diz que é possível ter vida em Marte porque não havia sido descoberta água por lá.

Porém, a descoberta de água não é sinônimo de vida, como explicou Vasan Wright, cientista líder do estudo, em entrevista para a AP: “Nossos achados indicam que podem existir ambientes que potencialmente seriam habitáveis.”


Como foi feito estudo de níveis de água?

Uma sonda enviada a Marte, InSight, detectou mais de 1,3 mil tremores no planeta e registrou as medições dos abalos sísmicos. Depois, essas medições foram comparadas a modelos computacionais e analisaram dados como velocidade e frequência, o que apontou para presença de água.

Pela quantidade, conseguiram projetar também que a representativa do restante do planeta indicaria um oceano global para o Globo, com profundidade de um a dois quilômetros.

O próximo passo para uma confirmação total dessa presença seria a perfuração da crosta, mas não há planos para colocar isto em ação.

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