Não importa a marca, o valor ou a ocasião: o ponto certo da cerveja, para quase todos os consumidores, é 'trincando' de tão gelada.
Apesar de parecer uma preferência passada de geração para geração, cientistas na China descobriram o verdadeiro motivo que faz a cerveja ter um sabor melhor quando está gelada: a forma singular como as moléculas de álcool são impactadas pela temperatura.
Na pesquisa publicada no Life and Medical Sciences Journals , os cientistas analisaram as misturas de etanol e água em diferentes concentrações. De maneira geral, a classificação de álcool em bebidas alcoólicas é feita por volume (ABV), que se baseia na quantidade de etanol na mistura com a água.
A equipe diz, no estudo, que essa classificação tem 'pouca explicação científica', apesar de ser crucial para a indústria de bebidas.
Então, os cientistas analisaram dois pontos: a concentração de etanol na mistura com água e como suas moléculas eram afetadas pela temperatura.
Eles atestaram que, quando os níveis de etanol atingem certas porcentagens, os aglomerados moleculares das duas substâncias sofriam transições estruturais, como nas bebidas alcoólicas. À medida que essas transições eram impactadas pela temperatura, seus sabores eram alterados.
Com isso, analisaram bebidas diferentes e perceberam que o intervalo entre os pontos críticos de sabor seguiam sua porcentagem de álcool — por exemplo, as cervejas com um índice baixo de álcool são mais gostosas quando estão geladas, já as com teor alcoólico mais alto, podem proporcionar uma experiência mais satisfatória se consumidas na temperatura equivalente.
A temperatura, no caso, faz com que os atributos das cervejas se destaquem ou desapareçam, de acordo com seu teor alcoólico.
Descoberta importante
Os pesquisadores também salientam que a descoberta é importante não só para a produção de bebidas alcoólicas, como também para o estabelecimento de normas científicas.
"O nosso trabalho prova que a distribuição do teor alcoólico e a temperatura adequada para beber diferentes bebidas alcoólicas não se baseiam na experiência, mas sim em explicações científicas dos aglomerados moleculares de etanol-água em soluções", diz a equipe no estudo.
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