Como seria cair em um buraco negro? Nasa revela experiência em vídeo

Simulação demorou 5 dias para ser feita em supercomputador e tem duas versões

NASA visualiza como seria mergulhar em um buraco negro
Foto: Wikimedia Commons
NASA visualiza como seria mergulhar em um buraco negro

Cientistas da Administração Nacional de Aeronáutica e Espaço ( NASA ) conseguiram, por meio de um supercomputador, produzir uma ilustração em vídeo que mostra como seria a experiência de mergulhar e flutuar e um buraco negro.

O material mostra várias versões da mesma situação e tenta traduzir para o campo visual conceitos extremamente complexos da física. Confira:

O vídeo é mais do que uma simples simulação - ele foi criado com base em cálculos específicos de um artigo aclamado na comunidade científica . A simulação define como alvo um buraco negro supermassivo, igual ao que se encontra no centro da nossa galáxia.

A câmera, que simula o astronauta, foi colocada a cerca de 640 milhões de quilômetros do buraco negro, que tem cerca de 40 milhões de quilômetros de largura. À medida que se aproxima, o disco quente de poeira e gás que gira em torno do buraco negro começa a se alongar e a brilhar cada vez mais.

O efeito é parecido ao som de um carro de corrida que, quando se aproxima, é amplificado com base na sua velocidade.

Em seguida, o supercomputador assume o comando e as estrelas, o disco de poeira e uma faixa de anéis de fótons começam a se deformar.

O projeto

Como as leis de relatividade geral não se aplicam a um buraco negro, é difícil prever o que aconteceria com um corpo ao entrar nesse "ambiente". Entretanto, pesquisas recentes já conseguem apontar o que aconteceria com a luz.

"As pessoas eventualmente perguntam sobre [como seria cair num buraco negro], e simular esses processos difíceis de imaginar me ajuda a conectar as matemáticas da relatividade com consequências reais no universo", diz Jeremy Schnittman, astrofísico do Centro de Voo Espacial Goddard da NASA em Greenbelt, Maryland, que criou as visualizações.

"Então eu simulei dois cenários diferentes, um onde uma câmera, no lugar de um astronauta, apenas falha o horizonte de eventos e é impulsionada de volta para fora, e outro onde o objeto atravessa a fronteira e sela seu destino", diz o astrofísico.

O projeto gerou cerca de 10 TB de dados e demorou cerca de 5 dias para ficar pronto - o que levaria uma década em um computador normal.

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