Chuva de meteoros Persêidas terá pico na madrugada de sábado (13)

Quanto mais ao norte do país, maiores são as chances de flagrar os rastros luminosos no céu

Observador deve olhar para o céu em todas as direções
Foto: Pixabay
Observador deve olhar para o céu em todas as direções

Brasileiros poderão observar, na madrugada desta sexta-feira (12) para sábado (13), a chuva de meteoros Persêidas. Segundo Marcelo Zurita, o diretor técnico da Bramon (Rede Brasileira de Monitoramento de Meteoros), essa chuva tem um pico bem definido que, este ano, se dará durante o período diurno do dia 12 aqui no Brasil. Mas, naturalmente, os meteoros ficarão mais visíveis durante a madrugada, a partir das 3h do dia 13.

De acordo com Zurita, a Persêidas é uma chuva que pode ser contemplada com maior visibilidade no Hemisfério Norte do planeta. Portanto, quanto mais ao norte do país, maiores as chances de flagrar os meteoros. O inverso é verdadeiro. Em Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul, será possível ver, em média, cerca de um a três riscos luminosos no céu a cada hora.

"No norte do país, por sua vez, a expectativa é que seja possível enxergar, no máximo, 20 meteoros por hora, porque a Lua se encontra na fase cheia. Se não fosse por isso, talvez fosse possível observar entre 40 e 50 meteoros por hora", afirma.

A luz da Lua, explica o astrônomo, assim como qualquer luminosidade, ofusca o brilho dos meteoros mais tênues. Por isso, a principal orientação àqueles que desejam observar a chuva é se deslocar para um local descampado e afastado das luzes da cidade.

"Uma dica para obter uma melhor visualização é olhar na direção contrária à da Lua. Na madrugada de sábado, o astro irá se pôr na direção oeste, então o lado mais interessante será o oeste", diz. 

Zurita ressalta, ainda, que vale olhar para o céu em todos os lados, e não apenas na direção da Constelação de Perseu. Ela é o radiante da chuva, isto é, o ponto no céu da onde os meteoros parecerão se originar, aos olhos do observador.

A chuva de meteoros Persêidas é originária do cometa Swift-Tuttle, descoberto em 1862 pelo astrônomo americano Horace Tuttle. O corpo celeste tem um período orbital de 133 anos, o que significa que ele demora todo esse tempo para passar perto do Sol.

Toda vez que isso acontece, parte de suas superfícies de gelo "ferve", liberando partículas de poeira e rocha. Esses detritos se espalham ao longo do caminho do cometa, formando um verdadeiro rastro no Sistema Solar.

Entre no  canal do Último Segundo no Telegram e veja as principais notícias do dia no Brasil e no Mundo. Siga também o perfil geral do Portal iG .