Descontrolado, foguete chinês pode criar 'chuva de destroços' em várias cidades

Especialistas ainda não conseguiram confirmar qual será o ponto exato da queda da espaçonave, mas já sabem que não será no local previamente determinado

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Especialistas ainda não conseguiram definir onde será o 'local de pouso' do foguete chinês

Na última semana, a China enviou ao espaço um foguete com o primeiro de três módulos de sua futura estação espacial diretamente do centro de lançamento de Wenchang, na ilha tropical de Hainan. Agora, menos de uma semana após o evento, os especialistas do país enfrentam um grande problema: descobrir onde os destroços de um dos estágios desprendidos da espaçonave irão cair quando retornarem à Terra.

Segundo informações do jornal britânico Daily Mail, o veículo responsável pelo lançamento do  foguete , que se desprende do módulo após determinada altitude, não retornou ao posto pré-determinado, o que o encaminharia para uma descida rumo ao oceano, e agora estaria realizando uma reentrada descontrolada na atmosfera terrestre, o que pode causar um acidente de grandes proporções nos próximos dias.

Em entrevista ao site Space News, o astrônomo Jonathan McDowell, que tem um sistema de monitoramento de objetos que estão orbitando a Terra , revelou que os destroços poderão atingir cidades no hemisfério norte, como Nova York, Madrid e Pequim, além de localidadades no Chile e na Nova Zelândia: "como não é possível prever o local exato, toda essa região pode se tornar alvo".

Quando os módulos de um foguete se desprendem e fazem o caminho de volta, a maioria acaba sendo destruída na atmosfera. Entretanto, não são raras as vezes em que pedaços maiores conseguem 'sobreviver' e chegar ao solo, seja  em áreas habitadas ou na água. Desta vez, são esperadas as quedas de pedaços com até 30 metros de comprimento.

"Com as tecnologias que temos atualmente, é inaceitável que ainda tenhamos situações com reentradas descontrolades de lixo espacial", lamentou McDowell. Já o chefe do programa de segurança espacial da Agência Espacial Europeia, Holger Krag, afirmou que é difícil estimar a massa total que sobreviverá ao processo, mas que deve ser algo em torno de "20% a 40% da massa original".