Pesquisadores da área de biologia reprodutiva na China desenvolveram pela primeira vez um híbrido de porco com macaco em uma pesquisa controversa que dividiu opiniões de cientistas.
Para conseguir dar à luz o animal em laboratório , os chineses coletaram mais de 4 mil embriões de porcos e injetaram células-tronco dos macacos neles. De todos os embriões, apenas dez “vingaram” e dois nasceram.
Os porquinhos, que tiveram imagens publicadas na revista New Scientist, têm material genético de macacos no coração, fígado, pulmões, pele e baço. A pesquisa é considerada como um primeiro passo na busca pelo desenvolvimento de órgãos humanos dentro de animais, facilitando, assim, transplantes.
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Apesar da experiência bem-sucedida, os testes não são vistos com bons olhos por muitos cientistas, afinal, o avanço e sucesso da pesquisa pode ser considerado pouco ético e uma matança de animais.
Além disso, os porcos morreram poucas semanas após o nascimento, comprovando que ainda há um longo caminho a ser andado no estudo. As “inconclusões” em relação ao que é pesquisado hoje também intrigam os estudiosos.
“Começar a manipular a funções vitais dessa forma sem analisar completamente uma maneira de 'desativá-las' ou para-las caso algo dê errado me assusta”, afirmou em entrevista ao jornal britânico Metro o pesquisador da Universidade de Kingston, Douglas Munoz.