Fóssil de 360 milhões de anos de ancestral de tubarão é encontrado no Marrocos

Descoberta foi feita por grupo de biólogos suíços, que encontraram o fóssil do animal no Marrocos e ficaram surpresos, já que é incomum encontrar esqueletos de tubarões, sendo normal achar apenas os dentes dos animais

Foto: Reprodução
Fóssil do ancestral do tubarão foi encontrado por biólogos suíços.

Biólogos suíços realizaram uma recente descoberta incrível de um fóssil de esqueleto em ótimo estado de um tubarão datado em 360 milhões de anos foi encontrado por um grupo de paleontologistas na Cordilheira do Atlas, Marrocos , África. Os especialistas ficaram surpresos com a descoberta já que é extremamente raro encontrar esqueletos de tubarões, sendo comum apenas encontrar dentes.

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O esqueleto identificado é de um animal conhecido pelo nome científico de Phoebodus. Essa espécie habitou a Terra no período devoniano, período em que os mares eram mais altos e foi registrada uma proliferação de anfíbios e espécies marinhas. De acordo com especialistas, acredita-se que o Pohebodus tenha sido extinto no período seguinte, o Carbonífero, dando espaço para espécies mais avançadas. Por outro lado, resquícios biológicos podem ser observados se comparados os esqueletos e a estrutura corporal do Phoebodus com o tubarão-cobra, animal presente no fundo dos mares de hoje.

Foto: Linda Frey e Christian Kug
Fóssil do antigo tubarão foi encontrado em região desértica do país africano.

Christian Klug, biólogo e paleontólogo coautor do estudo, em publicação na revista acadêmica The Royal Society B, explicou um pouco das características do Phoebodus e de sua relação com os tubarões atuais: “os dentes de Phoebodus e os do tubarão -cobra são muito parecidos, sugerindo que seus modos de alimentação não são drasticamente diferentes. Muitos tubarões modernos têm dentes serrilhados que lhes permitem cortar suas presas antes de ingeri-las. Por outro lado, os dentes do Phoebodus em forma de cone e apontando para dentro são bons para capturar presas e depois engoli-las inteiras”, ressalta.

O raro fóssil agora será estudado por um grupo de pesquisadores da Universidade de Zurique. O Museu Americano de Histórias Nacional e outras instituições também pretendem realizar estudos da estrutura do animal.