Espetáculo astronômico: o que você ainda pode observar no céu em 2019
Últimos meses do ano ainda podem prometer fenômenos como chuvas de meteoros, passagem de cometa e observação de planetas; programe-se
Os primeiros nove meses de 2019 foram bem movimentados quando se fala em acontecimentos astronômicos. Passagem de um asteroide maior que o Empire State, eclipse lunar, superlua de sangue, missão da Índia à Lua e até a comemoração dos 50 anos do homem no nosso satélite natural marcaram o calendário astronômico em países do mundo inteiro.
Mas para aqueles que não acompanharam os fenômenos ou gostariam de ver algum deles de novo, saibam que ainda há chances. De acordo com o anuário da Agência Espacial Americana (Nasa) e com o portal Sea and Sky , diversos eventos astronômicos ainda são esperados para este ano e podem, inclusive, ser vistos do Brasil.
Confira abaixo:
Acompanhe a agenda e programe-se para presenciar os principais acontecimentos, entre setembro e dezembro, que poderão ser observados do Brasil. É importante destacar que a visibilidade de cada evento pode ser afetada pela poluição, luzes artificiais, clima e pelo brilho da Lua.
8 de outubro - Chuva de meteoros Draconídeas
A chuva de meteoros Draconídeas é um evento que acontece anualmente em outubro, sendo causada pelos grãos de poeira deixados pelo cometa 21P Giacobini-Zinner, descoberto em 1900. Os meteoros devem começar a cair próximos à constelação de Draco, apesar de que é possível que apareçam em qualquer parte do céu. O melhor momento para visualizar o evento será durante a noite e em um local longe das luzes da cidade.
20 de outubro - Mercúrio visível
Nesta data, Mercúrio estará em seu maior alongamento ocidental, de 24,6 graus do Sol. Apesar de, na teoria, parecer um fenômeno complexo, na prática, isso significa que o menor planeta do sistema solar estará no ponto mais alto do horizonte e, por isso, mais visível no céu ocidental, logo após o pôr do sol.
21 e 22 de outubro - Chuva de meteoros Orionídeas
A chuva de meteoros Orionídeas é outro evento que acontece todo ano, durante os meses de outubro e novembro, que pode mostrar até 20 meteoros por hora em seu pico, produzidos por grãos de poeira deixados pelo cometa Halley. Apesar de que a expectativa seja de que a lua bloqueie a iluminação de alguns meteoros, as Orionídeas ainda serão brilhantes e prometem um bom show.
Para visualizar o evento, não é necessário equipamento, apenas um lugar escuro e paciência, já que os meteoros podem demorar a aparecer e serem muito rápidos. É recomendado também que se preste atenção especial à constelação de Órion, também conhecida como “As Três Marias”, já que o fenômeno pode começar deste ponto.
27 de outubro - Urano mais próximo da Terra
Neste dia, o planeta estará mais próximo da Terra e uma das faces será totalmente iluminada pelo Sol. Esse é o momento em que Urano estará mais visível e poderá ser visto durante a noite. Devido a sua distância, a observação do fenômeno será possível apenas por meio de um telescópio.
5 e 6 de novembro - Chuva de meteoros Taurídeas
A Taurídeas é uma chuva diferente das outras: ela é menor, produz cerca de cinco a dez meteoros por hora e ela é resultado de detritos deixados por dois corpos diferentes, um é o asteroide 2004 TG10 e o outro é o cometa 2P Encke.
O melhor momento para visualizar a chuva de meteoros será após a meia-noite, em um local escuro e longe das luzes da cidade. Os meteoros devem irradiar a partir da constelação de Touro, mas podem aparecer em qualquer parte do céu.
11 de novembro - Transição de Mercúrio pelo Sol
No dia 11 de novembro, um acontecimento raro é esperado pelos cientistas: Mercúrio passará na frente do Sol e com o telescópio apropriado será possível visualizar o planeta se movendo na frente da grande estrela. Além da América do Sul, o fenômeno poderá ser observado na América Central e do Norte, no México, Europa, no Oriente Médio e na África.
Apesar de não ser visível a olho nu, vale a pena acompanhar portais de astronomia que registrarão o evento, já que a próxima chance de Mercúrio passar na frente do Sol novamente será só em 2039.
17 de novembro - Chuva de meteoros Leônidas
A chuva de meteoros Leônidas é causada pelos grãos de poeira deixados pelo cometa Tempel-Tuttle, descoberto em 1865, e pode produzir cerca de 15 meteoros por hora, em seu momento de pico. Seu auge é a partir da meia-noite do dia 17 e durante a manhã do dia 18, apesar de que para melhor visualização é necessário estar em um local escuro.
Para enxergar a chuva, é preciso prestar bastante atenção à constelação de Leão, apesar de que o fenômeno pode acontecer em qualquer lugar do céu.
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13 e 14 de dezembro - Chuva de meteoros Geminíadas
As Geminíadas são consideradas as “rainhas” das chuvas de meteoros. Segundo os cientistas, o fenômeno pode produzir até 120 meteoros multicoloridos em seu horário de pico e são originários dos detritos deixados por um asteroide conhecido como 3200 Phaeton, descoberto em 1982. O evento acontece entre os dias 4 e 17 de dezembro, porém, a noite do dia 13 merece um destaque especial, pois é quando as Geminíadas estarão no seu pico.
Apesar do espetáculo, a lua quase cheia pode atrapalhar um pouco a visualização das chuva de meteoros, por isso, é preciso estar em um local escuro e prestar bastante atenção à constelação de Gêmeos.
21 e 22 de dezembro - Chuva de meteoros Ursídeas
As Ursídeas é uma pequena chuva de meteoros, produzidos por grãos de poeira deixados pelo cometa Tuttle, descoberto em 1790. O auge do fenômeno acontece na noite do dia 21 e manhã do dia 22 de dezembro, apesar de que, para melhor visualização, é necessário estar em um local escuro e longe das luzes da cidade.
Durante o evento, podem ser produzidos entre cinco e dez meteoros por hora, que devem irradiar a partir da constelação da Ursa Menor.
Outro fenômeno está previsto para acontecer no mesmo dia. O cometa 289P/Blanpain estará em seu periélio durante o final de dezembro, ou seja, ele estará no ponto mais próximo do Sol e, assim, há possibilidade de que seja visto no céu a olho nu.
Missões da Nasa
Além dos eventos, o final do ano também será marcado pelo início dos preparativos de futuras missões espaciais, em especial o projeto de ida da Nasa, em 2025, ao oceano da lua Europa - o gelado satélite do planeta Júpiter - considerado um ponto importante de pesquisas, a fim de descobrir se há ou não vida extraterrestre.
Além disso, a Nasa também anunciou estar se empenhando nos preparativos para o lançamento de uma missão para estudar o sol, no ano que vem, e em outra, chamada Dragonfly, para estudar Titã, o maior satélite de Saturno.
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Assim como em 2019, a expectativa é de que o calendário astronômico de 2020 também seja repleto de acontecimentos que prometem verdadeiros espetáculos nos céus.