A Agência Espacial Chinesa (CNSA) conseguiu, pela primeira vez na história, cultivar uma planta na lua. Apesar do acontecimento histórico, a agência informou que as sementes de algodão que brotaram dentro de uma pequena estufa não resistiram e já morreram.
A planta foi levada pela sonda Chang’e-4, que realizou feito inédito ao pousar no lado oculto da lua , no dia 3 de janeiro. As imagens do broto foram publicadas pela agência chinesa, que recebeu 170 imagens até o momento, de acordo com a imprensa local.
O projeto foi projetado por 228 universidades chinesas, além da agência estatal, com o objetivo de recriar um ecossistema artificial e autônomo. Apesar de as sementes de algodão terem sido as únicas a germinarem, a mini biosfera montada pelos cientistas também abriga sementes de leveduras e de batata, além de ovos de mosca-das-frutas.
O líder do experimento, Xie Gengxin, explicou que as batatas foram enviadas ao satélite com a finalidade de servir de alimento para futuros viajantes do espaço, enquanto que as leveduras serviriam para regular a quantidade de dióxido de carbono e oxigênio dentro da estufa. Já a função das peculiares moscas seria a de consumir o oxigênio liberado pelas plantas durante o processo de fotossíntese.
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Enquanto viajavam pelo espaço por 20 dias, as sementes passaram por um período de dormência e só começaram a crescer somente depois que o centro de controle enviou um comando para que começasse a irrigação no recipiente.
A partir desse momento, as sementes começaram a ser constantemente abastecidas com água, ar e nutrientes. Segundo os pesquisadores chineses , o principal desafio é o de conseguir manter a temperatura estável dentro da estufa, já que, no ambiente lunar, as temperaturas oscilam entre -173°C e mais de 100°C.
Por mais que o feito tenha sido inédito, os cientistas chineses não foram os primeiros a tentarem cultivar um corpo biológico fora da Terra. Em agosto de 2015, a primeira alface romana foi plantada no espaço por meio do projeto ‘Veggie’, da Nasa.
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Enquanto isso, a sonda da missão Chang’e-4 permanece em “modo soneca”, desde o último domingo (13). Esse período durará até o final da noite na lua , quando a previsão é de que a temperatura chegue a -170°C. Com isso, a agência anunciou que o experimento com as sementes foi encerrado, já que seria muito difícil cultivar as plantas nessas condições. A CNSA ainda informou que "os organismos vão se decompor gradualmente no contêiner e não afetarão o ambiente lunar".
* Com informações da Ansa.