Extinto há 80 anos, tigre da Tasmânia pode voltar à vida por meio de clonagem

Biólogo da Universidade de Melbourne analisou um feto conservado da espécie, descobrindo método para composição de seu "plano genético"

Tigre da Tasmânia foi oficialmente extinto em 1986. O último animal da espécie tilacino foi morto no  zoológico Hobart
Foto: Reprodução/Wiki commons/Baker E.J. Keller
Tigre da Tasmânia foi oficialmente extinto em 1986. O último animal da espécie tilacino foi morto no zoológico Hobart

Uma equipe de pesquisadores pode trazer o extinto tigre da Tasmânia à vida novamente por meio de um experimento que está sendo executado pela Universidade de Melbourne, na Austrália. De acordo com informações do Daily Telegraph , graças aos avanços na tecnologia moderna, os cientistas estão mais próximos de clonar diferentes espécies de animais.

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Responsável pelo sucesso da sequência de genoma do tigre da Tasmânia , ou tilacino, o biólogo da Universidade de Melbourne, Andrew Pask, analisou o feto de quatro semanas, descobrindo um método para que especialistas compusessem o "plano genético" do marsupial, e identificassem algumas particularidades da espécie.

“Aprendemos mais sobre sua biologia e estrutura populacional ao longo do tempo. O modo como costumava se relacionar com outros marsupiais também foi detectado. Estamos trabalhando nesse experimento há dez anos, e estamos muito satisfeitos em termos estudado tantas coisas sobre esse tipo de tigre, que a nosso ver, foi o mais diferenciado do reino animal. Isso é inclusive, o motivo pelo qual queremos fazê-lo reviver”, afirmou.

Técnica de clonagem pode trazer tigre da Tasmânia de volta

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Uma técnica de clonagem desenvolvida pelo geneticista de Harvard, George Church, foi outro fator essencial para os avanços no experimento, e para aumentar a probabilidade de reverter a condição de extinção de algumas espécies.

Foto: Reprodução/Museu de Victoria
Pesquisadores podem trazer o extinto tigre por meio de clonagem

Além do tigre, a equipe de Church está trabalhando para trazer os mamutes de volta usando o DNA de um elefante asiático, que neste caso é o parente vivo mais próximo do animal.

Em relação ao tilacino, o parente vivo mais próximo é o Numbat, entretanto, ainda há muitas diferenças que separam as duas espécies. “Seria necessário fazer muito mais mudanças para se obter o DNA numérico semelhante ao do tilacino, levaria muito mais tempo. Mas nos últimos cinco anos, com a tecnologia, esse processo se tornou muito menor e mais eficaz”, afirmou Pask.

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O tigre da Tasmânia foi oficialmente extinto em 1986. O último animal da espécie tilacino foi morto em um zoológico chamado Hobart Zoo, no ano de 1936. A equipe permanece executando o procedimento, esperando a volta de um tilacino ou a criação de um híbrido.