Supernovas? Luzes misteriosas vistas no espaço intrigam pesquisadores
Descobertas da Universidade de Southampton mostraram que prováveis explosões de estrelas estão a aproximadamente quatro bilhões de anos-luz de distância, e podem conter temperatura escaldante, acima dos 10.000°C
Por iG São Paulo |
Astrônomos da Universidade de Southampton, no Reino Unido, registraram 72 novas luzes brilhantes que piscavam de forma intensa no céu. Eles afirmam que, apesar de não conseguirem identificar o que de fato são, as luzes podem ser comparadas a explosões de estrelas como as supernovas, devido ao brilho ofuscante.
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De acordo com o pesquisador e líder do Programa de Pesquisa de Energia Escura das Supernovas (DES-SN), Miika Pursiainen, as supernovas podem ser vistas iluminando o céu por meses a fio. No entanto, as últimas 72 explosões misteriosas só puderam ser observadas durante um período de seis a 30 dias.
Descobertas recentes sobre as ‘supernovas’
As descobertas mais recentes reveladas pelos cientistas é que as prováveis explosões que ocorrem nos estágios finais da evolução de estrelas estão a aproximadamente quatro bilhões de anos-luz de distância, e podem conter temperatura escaldante, acima dos 10 mil graus Celsius.
Os estudiosos apontam ainda que algumas teorias foram levantadas acerca dos registros. A primeira trata-se de um tipo de supernova nunca visto antes, no qual uma estrela lança uma quantidade gigantesca de material cósmico antes de explodir.
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Já a segunda se dá pelo modo como as imagens foram capturadas, ou seja, ruídos emitidos pelo telescópio do Observatório Interamericano Cerro Tololo (CTIO), localizado nos Andes chilenos.
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“Elas são tão brilhantes quanto supernovas, mas duram períodos significativamente mais curtos de tempo. Além disso, parecem ser mais quentes e grandes, expandindo-se conforme as fases de sua vida útil”, revela o pesquisador Pursiainen ao Daily Mail .
Outra possibilidade trazida por ele é de que esse seja um caso extremo, em que uma supernova aquece o material cósmico a temperaturas tão elevadas, que chegam ao ponto de criar nuvens de calor que se ampliam.
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"Esses eventos parecem se originar de galáxias em formação, e é por isso que estamos considerando alguns cenários de supernovas em colapso. No entanto, é muito cedo para afirmar algo. Estamos realizando análises que nos trarão informações concretas acerca dos fenômenos observados, e que também podem contribuir para outros estudos em execução”, conclui.