Com telescópio Kepler, Nasa descobre mais 95 planetas fora do Sistema Solar

Conhecidos como exoplanetas, esses corpos são considerados potenciais candidatos a se tornarem a próxima Terra, além de habitações alienígenas

Exoplanetas da missão K2, serviram para aumentar o número de planetas extrassolares confirmados, passando para 292
Foto: Reprodução/Nasa
Exoplanetas da missão K2, serviram para aumentar o número de planetas extrassolares confirmados, passando para 292

A Agência Espacial Americana (Nasa) comunicou na quinta-feira (15) a mais recente descoberta feita com o auxílio do telescópio Kepler: nada menos que 95 planetas fora do Sistema Solar. Conhecidos como exoplanetas , esses corpos são considerados potenciais candidatos a se tornarem "a próxima Terra", além de serem potenciais habitações de vida extraterrestre.

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Os exoplanetas identificados por meio da missão K2, iniciada em 2014, serviram para aumentar o número de planetas  extrassolares confirmados, passando para 292. De acordo com astrônomos envolvidos na missão, a quantidade pode subir em breve, devido à espera da confirmação de análises e observações adicionais realizadas por outros telescópios.

“Analisamos 275 candidatos, sendo 149 validados de fato como exoplanetas. Outros 95 se mostraram novos para toda a equipe, ainda sendo enigmas para desvendarmos”, afirmou o astrônomo do Instituto Espacial Nacional da Universidade Técnica da Dinamarca, Andrew Mayo ao Daily Mail .

Avanços e a missão

O Kepler foi lançado em 2009 para acompanhar exoplanetas em um único pedaço de céu. Entretanto, em 2013, uma falha técnica acabou afetando suas pesquisas e registros, sendo necessário uma restruturação para salvar o telescópio espacial, mudando o seu campo de visão.

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Tal solução abriu caminho para a missão K2, responsável pelo registro do trânsito desses corpos individuais, que atravessam uma “estrela-mãe”, ocasionando sombras que se opõem a uma luz de pouca intensidade.

Estudos recentes apontam que, até o momento, há 3.600 exoplanetas, que vão desde planetas rochosos do tamanho da Terra até gigantes de gás como Júpiter. “Fizemos várias descobertas, mas ainda é importante analisá-las com cuidado. Muitos corpos celestes podem ser confundidos com estrelas e até mesmo com os ruídos gerados pelo próprio telescópio”, afirmou Mayo.

Segundo o pesquisador, uma estrela extremamente brilhante foi identificada junto dos ‘exos’. Nomeada de HD 212657, ela foi considerada pela Nasa a mais exuberante de todas as missões do Kleper.

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Além disso, em dezembro do ano passado, por meio da missão K2, a agência descobriu a presença de um oitavo planeta no sistema de estrelas distantes. Apelidado de Kepler 90 , esse foi o primeiro achado onde estrelas distantes apresentaram o mesmo número de planetas que o sistema solar. Porém,  para cientista da Universidade do Texas, Andrew Vanderburg “esse não parece um bom lugar para se viver, por conta das temperaturas escaldantes e de sua atmosfera espessa”.