Um javali selvagem, encontrado na região central da Suécia, foi abatido após serem detectados níveis de radiação dez vezes acima do limite de segurança em seu corpo. Este, porém, não foi o primeiro animal da espécie a apresentar o problema. Em meados de agosto, outro javali foi identificado com os índices radioativos quase nove vezes acima do limite estabelecido pelo governo.
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Além do javali, outros animais – como renas e veados – também foram afetados pela radiação , um problema que pode ser explicado, de acordo com o The Independent, pela explosão do reator nuclear de Chernobyl. Em 1986, o desastre foi o responsável por enviar uma “nuvem tóxica” de iodo radioativo e césio-137 para a Suécia, cujas consequências ambientais podem ser sentidas até hoje e ameçam a saúde humana.
Isso porque os animais raramente sofrem com os níveis radioativos, já que sua expectativa de vida é baixa. Entretanto, o problema costuma ser sentido pelas pessoas que consomem sua carne, pois a ingestão do alimento afetado aumenta os riscos do desenvolvimento de câncer.
Traços radioativos na atmosfera europeia
Além do caso com os javalis, autoridades da Alemanha divulgaram na última quinta-feira (5) que partículas de radiação foram detectadas na Europa central e ocidental. Segundo o Daily Mail , os níveis do isótopo Rutênio-106 encontrados estão 17 mil vezes abaixo do limite estabelecido e não representam uma ameaça à saúde dos moradores. Entretanto, ainda é preciso localizar a origem do vazamento e as suas causas.
De acordo com o Departamento Federal de Proteção Radioativa do país (FORP), as partículas de radiação puderam ser identificadas na Alemanha, Áustria, Suíça, França e Itália desde a última sexta-feira (29), e até agora, análises indicam que o isótopo – a variante de um elemento químico com diferente número de nêutros – deve ter sido liberado na região leste europeu, a mais de mil quilômetros da Alemanha.
Muito utilizado como fonte de energia e no tratamento de tumores, a variação do elemento não costuma ser usada em geradores de energia nuclear. Esta informação, junto da ausência de outras partículas radioativas na atmosfera, descarta a possibilidade de um acidente nuclear, segundo nota do FORP.
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Apesar de sua radiação, o rutênio-106 é um dos isótopos mais estáveis e menos perigosos do rutênio.