Pela primeira vez em 99 anos os estadunidenses serão contemplados com um dos fenômenos da natureza mais aguardados pelos cientistas neste ano: um eclipse solar completo.
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Na próxima segunda-feira (21), o sol ficará inteiramente coberto pela Lua por cerca de dois a três minutos, e o céu escuro tomará conta de todo o território americano. De tão aguardado, mesmo a alguns dias do evento celeste, o público já está se preparando para receber o que eles estão chamando de “maior eclipse da história”.
Deu vontade de acompanhar também? Não precisa ficar triste: aqui no Brasil será possível ver, ainda que parcialmente, o espetáculo entre 16h e 18h. Alguns estados no Norte, Nordeste e Centro-Oeste poderão observar, em certas áreas, uma meia-lua luminosa. Quanto mais ao norte do país, melhor será o proveito do fenômeno.
Quem quiser ter uma experiência significativa sem sair do país vai ser preciso ir para o monte Caburaí, em Roraima - considerado o melhor lugar para observar o “ sol negro” no Brasil, onde terá 46% da totalidade solar encoberta pela Lua. Entre as capitais, em Macapá, Fortaleza, Belém, São Luís, Boa Vista e Natal a população poderá aproveitar de 40% a 36% da sombra lunar.
Mas, sem querer desapontar os brasileiros, os cientistas afirmam que mesmo com um eclipse parcial, nada se compara ao evento completo. Segundo os especialistas, com 95% do sol tampado é possível perceber apenas uma diminuição na intensidade da luz do dia.
Então, se você não aceita nada menos do que uma experiência completa, mas não poderá estar nos EUA na semana que vem, sua única opção para visualizar a Lua cobrindo o sol será pela internet, por meio da transmissão ao vivo exibida pela Nasa.
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Cuidado para não ficar cego
Parece exagero, mas é de extrema importância que se desvie o olhar após o momento que o sol ficar completamente encoberto, quando a luz começar a ficar mais brilhante. A recomendação é dos astrônomos da Nasa Jay Herman e Bill Cooke.
Os dois alertam para a possibilidade real de ficar cego ou até mesmo prejudicar a retina provocando problemas graves à visão.
E nada de usar óculos de sol, placas de radiografias, óculos 3D ou aqueles filmes fotográficos. Para observar o espetáculo sem acarretar problemas à saúde, a orientação é que seja utilizado um filtro astronômico, encontrado apenas nos EUA, ou então uma máscara de solda com vidro de tonalidade 14.
Por aqui, a última vez que um eclipse total pôde ser observado foi em 1994. O próximo evento só acontecerá no dia 12 de agosto de 2045. Antes disso, em 2 de julho de 2019 o fenômeno astronômico acontecerá, mas de forma parcial.
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