Astrônomos descobriram um planeta parecido com a Terra a 219 anos-luz de distância, o que pode significar um grande avanço na busca por vida extraterrestre. O novo planeta é um pouco maior que o nosso e orbita uma estrela de baixa temperatura que tem um quinto do diâmetro do nosso sol.
Leia também: "Lançamento de satélite da Nasa revela presença de óvnis", defendem ufólogos
Cientistas acreditam que esse planeta, que pode ser considerado um parente próximo de Vênus, será um candidato primário na busca por vida fora da Terra na próxima geração de missões espaciais.
O novo planeta foi batizado Kepler-1649, porque foi encontrado por astrônomos usando o telescópio espacial Kepler, da Nasa. A órbita próxima à estrela faz com que a incidência solar seja 2.3 vezes maior do que em nosso planeta.
Planetas em órbita próxima à estrela, como o Kepler-1649, teoricamente podem se encaixar na categoria habitável, na qual é possível viver. A descoberta possibilitará um novo olhar para a natureza de planetas orbitando estrelas anãs de categoria M, que são pequenas, de baixa temperatura e relativamente comuns em nosso universo.
Por mais que a Terra e Vênus tenham evoluído para ter tamanho e densidade semelhantes, ainda não é claro quais fatores levaram à dramática divergência das características de suas atmosferas.
Leia também: Candidatos? Agência espacial inicia processo de seleção para civis que vão à Lua
De acordo com a cientista do Instituto SETI, Isabel Angelo, o estudo de planetas semelhantes ao Kepler-1649 está “se tornando cada vez mais importante para entender os limites da zona habitável de estrelas anãs M”.
“Existem vários fatores, como variabilidade das estrelas e efeito de marés, que fazem com que esses planetas sejam diferentes de planetas de tamanho terrestre ao redor de estrelas parecidas com o sol”, disse Isabel em entrevista ao jornal britânico Daily Mail .
Irmãs distantes
Dizem que Vênus é irmã da Terra, mas em muitos sentidos, não são irmãs próximas. Apesar de terem o mesmo tamanho e Vênus estar apenas 40% mais próxima do sol, a atmosfera e temperatura da superfície do planeta são completamente diferentes dos nossos.
Cientista integrante da equipe que encontrou o Kepler-1649, Elisa Quintana acredita que enquanto estamos preocupados demais procurando planetas com características semelhantes às terrestres, é igualmente importante encontrar análogos a Vênus.
Leia também: Onda de rádio espacial pode vir de "veleiro alienígena", diz estudo da Harvard
“Como novos telescópios vão nos permitir sondar atmosferas, focar em análogos à Terra e a Vênus pode nos ajudar a decifrar por que, em nosso sistema solar, em um planeta temos vida e no outro não, apesar de terem massa e densidade parecidos, entre outras características”.