Justiça instaura inquérito para apurar causas e responsabilidades dos atrasos e cancelamentos
Passageiros da companhia aérea Webjet continuam enfrentando diversos transtornos nesta quarta-feira. Dos 81 voos previstos até as 16h, 44 foram cancelados, equivalente a 54,3% do total, e outros 11 se atrasaram durante o período, segundo a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero). Por volta das 8h, o índice de cancelamentos chegou a 63%.
O Ministério Público Federal no DF (MPF/DF) instaurou inquérito civil público para apurar causas e responsabilidades dos atrasos e cancelamentos de voos da companhia aérea Webjet nos últimos dias. O procurador da República Marcus Marcelus Goulart solicitou informações à empresa aérea e à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Segundo o MPF elas têm dez dias úteis para atender à requisição.
A série de cancelamentos teve início na última segunda-feira, quando a companhia anulou 46 (35,7%), dos 129 voos previstos para o dia, e atrasaram outros 39 (30,2%) durante o dia.
Por conta dos atrasos, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) suspendeu a venda de bilhetes da Webjet para os voos programados até a próxima sexta-feira. A agência informou que, em julho, a Webjet foi autuada em R$ 225 mil por ter excedido a carga horária da tripulação.
Posição da Webjet
Na segunda-feira, a empresa atribuiu o problema ao crescimento da demanda de passageiros e defende que, "por conta de peços competitivos, vem crescendo expressivamente nos últimos meses". A companhia diz que contratou 149 pessoas nos últimos três meses e, atualmente, está treinando 64 novos co-pilotos e 85 comissários. Eles devem entrar em atividade a partir de outubro.