Suplicy devolve dinheiro de passagens dadas a namorada

Flagrado na farra das passagens, o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) fez hoje um mea-culpa e explicou o uso de sua cota pessoal para custear viagens no Brasil e no exterior para sua namorada, a jornalista Mônica Dallari. Ao lembrar toda a sua trajetória política, desde a época que foi vereador por São Paulo, Suplicy argumentou que a cota de passagens aéreas podia ser utilizada livremente, antes das mudanças feitas recentemente pela direção do Senado.

Suplicy devolveu hoje aos cofres da Casa cerca de R$ 5 mil referentes aos gastos por três trechos aéreos nacionais utilizados por sua namorada nos anos de 2007 e 2008.

"Desde que aqui cheguei, fui informado que a cota de passagem era para o senador utilizar e que quando houvesse a não utilização dessas passagens, poderíamos colocar, com critérios que avaliávamos adequados, pessoas para também as utilizarem conosco", afirmou. Ele disse que, atualmente, tem uma cota de passagens aéreas acumulada de R$ 239.904,80. Além de viagens nacionais, o petista também pagou uma passagem para a namorada ir a Paris, em janeiro de 2007. "Mas essa eu já restitui o dinheiro para o Senado. Foram uns R$ 15 mil."

Na tribuna, Suplicy explicou que, em janeiro de 2007, foi convidado para ir à China e que a passagem usada por Mônica Dallari para Paris fazia parte dessa viagem. "Na ocasião, o trecho de São Paulo a Paris seria de responsabilidade minha, do Senado", afirmou. "Como ela (Monica) iria me acompanhar e ajudar muito no trabalho que eu teria, avaliei, portanto, que seria próprio, até por causa das cerimônias e de todo trabalho ali realizado. Sobre os inúmeros encontros dos quais ela participou e sobre a viagem apresentei a esta Casa relatório logo que cheguei." O trecho Paris-Pequim foi pago pelas autoridades chinesas.

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