
O resultado do exame necroscópico do Instituto Médico-Legal (IML) confirmou, neste sábado (15), que o corpo carbonizado encontrado na residência que explodiu no bairro Tatuapé, zona leste de São Paulo, na noite de quinta-feira (13) é do baloeiro Adir de Oliveira Mariano, de 46 anos.
A Polícia Civil de São Paulo, que investiga caso, suspeitava da identidade da vítima, já que Mariano estava sozinho no imóvel da rua Francisco Bueno, no Tatuapé, antes da explosão; a esposa, que morava com ele no local há cerca de 40 dias, havia saído.
Quando retornou, ela encontrou a casa totalmente destruída, assim como as outras residências do entorno.
O local era utilizado como depósito clandestino de fogos de artifício
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No depoimento, a esposa de Adir disse que não sabia que ele armazenava explosivos dentro da casa.
Adir Mariano era considerado desaparecido. Em nota encaminhada ao Portal iG, neste sábado, a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo confirmou que o corpo de Adir Mariana foi identificado e já foi liberado aos familiares.
O corpo foi encontrado carbonizado pelo Esquadrão de Bombas do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate), acionado pelo Corpo de Bombeiros durante o rescaldo da explosão.
Houve uma tentativa de identificação por familiares, mas, devido ao estado em que se encontrava, não foi possível.
A identificação só foi confirmada após exames de DNA realizados por equipes do IML.
Por causa da explosão, além da morte de Marano, outras dez pessoas ficaram feridas.
Destruição
A princípio, 23 casas foram seriamente danificadas pela explosão e tiveram que ser interditadas pela Defesa Civil. Neste sábado, após uma série de vistorias, 12 residências continuam interditadas.
Os moradores estão abrigados nas casas de parentes, enquanto os que têm acesso a seus imóveis continuam contabilizando o prejuízo.
A reportagem do iG esteve no local e registrou o cenário de destruição.
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As investigações continuam e a polícia agora tenta descobrir se Adir Mariano, que era baloeiro e já foi investigado pela Polícia Civil por soltar balões com fogos de artifício em 2011, em São José dos Campos, interior do estado, agia sozinho.
Ainda de acordo com nota ao iG,
a Secretaria de Segurança Pública afirma que o caso é investigado pela 5ª Central Especializada de Repressão a Crimes e Ocorrências Diversas (Cerco), que trabalha para identificar todos os envolvidos, incluindo eventuais fornecedores do material apreendido.
"As diligências continuam para o completo esclarecimento dos fatos", conclui.