
Os casos suspeitos de intoxicação por metanol após ingestão de bebidas alcoólicas adulteradas estão avançando para além da capital e região metropolitana de São Paulo, que concentram a maioria das notificações, até o momento.
O último balanço do governo estadual, divulgado na tarde deste sábado (4), mostra casos suspeitos em pelo menos oito cidades do interior paulista, além de notificações na baixada santista.
De acordo com a Secretaria de Saúde, o estado de São Paulo tem 162 casos, entre confirmados e investigados, de intoxicação por metanol.
Diante do número em elevação, o governo anunciou neste domingo (5) o reforço nas ações de fiscalização contra a falsificação de bebidas alcoólicas no estado.
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O balanço indica 14 casos confirmados, com dois óbitos, ambos na capital - de um homem de 54 anos e outro de 45.
Ao todo, são 148 casos em investigação, sendo 7 óbitos - quatro na capital, dois em São Bernardo do Campo e um em Cajuru, cidade da região central.
Interior
Ainda no interior paulista, além de Cajuru, foram registradas notificações de casos suspeitos de intoxicação por metanol, na última semana, em Araçatuba, Jacareí, Jundiaí, Limeira, Ribeirão Preto, Rio Claro e Vinhedo, com um caso suspeito cada uma, e dois casos em São José dos Campos.
As notificações nos oito municípios fora da Grande SP, se somam ainda a suspeitas em três cidades da baixada santista: Cubatão, Santos e S ão Vicente, com um caso cada uma.
O governo de São Paulo não revelou, no entanto, o estado de saúde das vítimas com suspeita de intoxicação de metanol, nestes municípios.
Capital e região metropolitana
Na cidade de São Paulo, foram notificados, até o momento, 86 casos, sendo 11 confirmados e o restante em investigação.
Na região metropolitana paulista, há casos suspeitos em Bernardo do Campo, Capapicuiba, Diadema, Embu, Embu das Artes, Ferraz de Vasconcelos, Taboão da Serra, Itaquaquecetuba, Mauá, Osaco e Santo André. Além de 3 casos confirmados em Guarulhos, Itapecerica da Serra e São Bernardo do Campo - um em cada cidade.
Testagem
De acordo com a Secretaria de Saúde, a rede estadual reforçou a estrutura laboratorial para confirmar a presença da substância no organismo.
O novo protocolo do Estado prevê que as amostras de sangue ou urina coletadas em casos suspeitos sejam analisadas em até uma hora pelo Laboratório de Toxicologia Analítica Forense (LATOF) do Departamento de Química da Universidade de São Paulo de Ribeirão Preto, por meio de cromatografia gasosa, método considerado padrão ouro para detecção de metanol.
A coleta é feita nas unidades de saúde e o Instituto Adolfo Lutz coordena a logística de transporte das amostras até o laboratório.
Além da situação em São Paulo, outros 14 estados brasileiros tiveram casos suspeitos de intoxicação por metanol notificados.