Virada no tempo causa quedas de árvores e enchentes em São Paulo

Defesa Civil criou um gabinete de crise para monitorar temporais e efeitos da frente fria

Chuva em São Paulo
Foto: Reprodução/X
Chuva em São Paulo

A chegada de uma frente fria nesta segunda-feira (22) provocou uma virada brusca no tempo em São Paulo, que passou de um fim de semana de sol e calor para um dia de temperaturas mais baixas, ventos fortes e chuva.

Segundo a Defesa Civil estadual, entre os dias 21 e 22 foram registradas 13 ocorrências  no estado, causadas por vendavais, quedas de árvores, destelhamentos, desabamentos e colapso de estruturas. O balanço aponta oito pessoas feridas, sem registro de óbitos, desaparecidos, desabrigados ou desalojados.

Já segundo o Corpo de Bombeiros, entre a meia-noite e 11h22 foram registradas ao menos 20 ocorrências: 18 chamadas por queda de árvores, uma por desabamento e uma por enchente.

O caso mais grave ocorreu em Peruíbe, no litoral sul, onde cinco pessoas ficaram feridas após o colapso de uma tenda de eventos na Avenida Governador Mário Covas Júnior. A Prefeitura informou, ainda, que os ventos danificaram telhados de unidades de saúde, mas os serviços seguem funcionando durante os reparos.

A Defesa também foi acionada para ocorrências em Dracena, Marabá Paulista, Rancharia, Ourinhos, Santa Fé do Sul, Presidente Prudente, Presidente Venceslau, Marília, Sagres, Praia Grande, Santos e São Paulo.

Na capital paulista, o temporal derrubou uma árvore na Alameda Santos, no Jardim Paulista, região próxima à Avenida Paulista. Não houve vítimas, e equipes da Prefeitura realizaram a retirada da árvore para liberar a via.

Queda de árvore na Alameda Santos, em SP
Foto: Reprodução/Secom
Queda de árvore na Alameda Santos, em SP



Os ventos fortes também chamaram atenção: monitoramentos meteorológicos registraram rajadas de até 90 km/h em Avaré, 87 km/h em Bauru, 85,7 km/h em Rancharia e 82,8 km/h em Presidente Prudente. Outras cidades também tiveram índices altos, como Valparaíso (82,1 km/h), Tupã (76 km/h), Lins (72 km/h) e Piracicaba (69,5 km/h).

Gabinete de crise

Com a instabilidade, a Defesa Civil instalou um gabinete de crise para monitorar os desdobramentos da mudança brusca no clima.

O grupo, segundo o órgão, foi criado para garantir "pronta resposta a possíveis ocorrências graves", como interrupções no fornecimento de energia elétrica, bloqueios em rodovias e acidentes.

Alertas do Inmet

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu três alertas laranja (ou seja, de perigo) para o estado: dois referentes a tempestades e um sobre declínio de temperatura.


O aviso indica risco de rajadas de vento, descargas elétricas, acúmulo de chuva e queda acentuada nos termômetros ao longo do dia.