As imagens de câmeras de monitoramento
de comércios e da rede municipal de Praia Grande (SP)
mostram a cronologia do crime que resultou na execução do ex-delegado geral Ruy Ferraz Fontes
.
Ele foi executado na segunda-feira (15) com mais de 20 tiros . Fontes trabalhava como Secretário de Administração do município do litoral paulista e foi um dos pioneiros no combate à facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) .
Imagens mostram como foi a emboscada
As imagens obtidas pelo Portal iG mostram como os assassinos agiram.
Por volta das 18h02, uma caminhonete utilizada pelos suspeitos estacionou próximo à Secretaria de Educação (Seduc), na Rua Arnaldo Vitulli, para aguardar a saída de Ruy Ferraz.

Dois suspeitos já foram identificados pela polícia. "Vamos solicitar a prisão temporária dos dois. Seguimos com todas as polícias empenhadas nesse caso, para que os culpados sejam punidos” , declarou o Secretário de Segurança Pública do Estado Guilherme Derrite (PP), em publicação nas redes sociais.
Após uma espera de cerca de 15 minutos, o carro da vítima ultrapassou o veículo dos criminosos. Nesse instante, os assassinos iniciaram os disparos contra o carro do ex-delegado ainda em movimento, dando início a uma perseguição.
Ruy Fontes tentou escapar pela Rua Primeiro de Janeiro, mas a perseguição continuou. Ao acessar a Avenida Dr. Roberto de Almeida Vinhas, o veículo da vítima colidiu com um ônibus, foi atingido lateralmente por outro coletivo e acabou capotando.
Após a colisão, três criminosos desembarcaram do veículo e abriram fogo contra a vítima. Em apenas seis segundos, o ex-delegado-geral foi alvo de ao menos 21 disparos. Um dos carros usados pelos criminosos foi incendiado.
Resumo do caso: o que se sabe até agora
Ruy Ferraz Fontes, que exercia função de secretário de Administração em Praia Grande (SP) e tinha mais de 40 anos de carreira na Polícia Civil, foi vítima de uma emboscada na saída da sede da prefeitura na noite de segunda-feira (15).

Reações e investigação
A morte reacendeu preocupações sobre a atuação organizada de grupos criminosos no litoral paulista. O secretário Derrite anunciou mobilização de efetivos especiais e pediu apoio de outros órgãos; a Polícia Federal ofereceu cooperação para as apurações. Autoridades estaduais afirmam que a ação tinha sinais de planejamento e emprego de armamento pesado, o que elevou a resposta operacional na Baixada Santista.
A força-tarefa reúne equipes da Polícia Civil, Polícia Militar e grupos especiais para rastrear a rota dos suspeitos, analisar imagens e identificar cúmplices e possíveis mandantes.
Fontes oficiais dizem que as linhas de investigação trabalham com motivação ligada à atuação passada do delegado em grandes casos de combate ao crime organizado, além de outras hipóteses que não foram publicamente descartadas. Enquanto isso, trabalhos periciais continuam no local e laudos balísticos são aguardados. Duas pessoas foram identificadas.