Quem é Rogerinho, policial suspeito de elo com PCC e caso Gritzbach?

Rogerinho é policial civil e se entregou nesta segunda-feira para a polícia, e foi preso em Santos, São Paulo

Rogerinho, policial civil acusado de envolvimento com PCC
Foto: Reprodução / Redes Sociais
Rogerinho, policial civil acusado de envolvimento com PCC


Rogério de Almeida Felício , conhecido como Rogerinho, foi preso nesta segunda-feira (23), pela Polícia Federal, após dias foragido. Ele era alvo da Operação Tacitus, que investigava envolvimento da polícia com o Primeiro Comando da Capital, PCC , grupo criminoso de Sâo Paulo.

Rogerinho se entregou à polícia em Santos, litoral do estado de São Paulo, após um acordo com a polícia. Ele vai para a capital. Ele foi o último dos oito alvos da operação a ser preso.

Quem é Rogerinho?

“Rogerinho” trabalha como agente de telecomunicações da Polícia Civil de São Paulo, além de fazer “bico” como segurança de Gusttavo Lima , cantor. Apenas como policial, o homem ganha um salário de R$ 7,9 mil - além de ter quatro empresas.

Uma das suspeitas da polícia era a vida que Rogerinho mostrava nas redes, muito além da proporcionada pelo dinheiro do trabalho. Durante a delação de Vinicius Gritzbach, vítima de tiroteio do PCC em aeroporto, houve denúncias de envolvimento com o PCC.

O policial é casado com Danielle Bezerra dos Santos , ex-mulher de Felipe Geremias dos Santos (vulgo Alemão), também acusado de envolvimento com PCC e sócio de Rogerinho em duas empresas.

Rogerinho e o PCC

A PF desconfiou o envolvimento do PCC após perceber "várias operações financeiras suspeitas" de Rogerinho. Eles acreditam que ele é corrupto.

Gritzbach acusou Rogerinho de extorsão e envolvimento em lavagem de dinheiro e diversas práticas ilegais. Além disso, disse que o policial se apropriou indevidamente de bens detidos pela polícia, como um relógio de R$ 200 mil, pertencente a Gritzbach. Existem fotos do Rogerinho usando o relógio.

Outra acusação de Gritzbach foi que Rogerinho participou da extorsão para ele desistir da negociação de um terreno de R$ 1,5 milhão, que venderia para um dentista; não ficou claro se pessoas ligadas ao PCC compraram o terreno.