Aeroporto de Guarulhos
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Aeroporto de Guarulhos


A Polícia Civil de São Paulo investiga um esquema de extorsão envolvendo falsos motoristas de aplicativo no aeroporto de Guarulhos , o maior do país. Conhecidos como "arrastadores", os golpistas utilizam métodos de coação para cobrar até 70 vezes o valor real de corridas, além de ameaçar passageiros e intimidar motoristas e taxistas credenciados.

De acordo com denúncias e boletins de ocorrência, obtidos pelo programa 'Fantástico', da TV Globo, o golpe inclui a presença de falsos seguranças e até uma mulher que convence passageiros estrangeiros. Em um dos casos relatados, uma corrida que normalmente custa R$ 70 foi cobrada por R$ 4.999. Outro passageiro, de Teresina, foi coagido a pagar R$ 542 por uma viagem cujo valor real seria de R$ 100. "Mesmo que eu tentasse sair do carro, ia ficar sem as malas", contou.

Imagens mostram brigas e agressões entre os criminosos e motoristas regularizados. Há relatos de práticas como porte ilegal de armas, tráfico de drogas e uso de uma frota irregular de mais de 100 veículos, que, segundo um relatório da PRF de 2021, movimentaram cerca de R$ 3 milhões.

As autoridades seguem investigando o caso, com apoio da Polícia Rodoviária Federal e da prefeitura de Guarulhos, que já apreendeu mais de 120 veículos clandestinos em 2024. A Gru Airport, concessionária responsável pelo aeroporto, afirmou que a fiscalização é realizada por órgãos policiais e municipais, já que a empresa não possui poder de polícia.

Entre os investigados estão Geraldo Ferreira Júnior, condenado por estelionato após aplicar golpes em passageiros, e Celso Araújo Sampaio de Novais, flagrado coagindo vítimas. Celso, que também foi identificado como uma das vítimas de um atentado em São Paulo, morreu em decorrência dos ferimentos. As investigações buscam desarticular toda a organização criminosa que atua no local.

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