O governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos) dá início nesta terça-feira (29) a uma série de leilões, com foco na privatização de escolas estaduais . Este movimento visa expandir a participação da iniciativa privada na gestão de serviços que historicamente estavam sob responsabilidade do governo, seguindo o exemplo da privatização da Sabesp .
O primeiro leilão será realizado para a construção e administração de escolas, começando com o lote oeste, que inclui 17 unidades educacionais. No próximo dia 4, será a vez do bloco leste, responsável por mais 16 escolas.
As empresas que vencerem os leilões assumirão a responsabilidade pela construção, manutenção e gestão das escolas, incluindo serviços de limpeza, vigilância e alimentação. No entanto, a parte pedagógica, como a escolha de materiais didáticos e o planejamento curricular, permanecerá sob a supervisão da Secretaria de Educação.
A expectativa é que as novas escolas abram cerca de 35 mil matrículas para alunos do ensino fundamental e médio, com um investimento total previsto de R$ 2,1 bilhões.
As unidades educacionais serão distribuídas em municípios como Campinas, Diadema, Guarulhos, São José dos Campos e Suzano. A fiscalização dos serviços ficará a cargo da Arsesp (Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo), que avaliará a qualidade dos serviços prestados e incluirá a participação da comunidade escolar no processo de avaliação.
Tarcísio de Freitas, que já privatizou a Sabesp, tem enfrentado críticas por problemas com a Enel, empresa de energia que opera no estado. No entanto, o governador garante que a gestão das novas escolas seguirá padrões de qualidade, com penalidades previstas para empresas que não atingirem os indicadores estabelecidos.
Mais leilões
Nos próximos dias, a agenda de leilões continuará com a concessão de rodovias e a loteria estadual. Na quarta-feira (30), ocorrerá o leilão da Rota Sorocabana, que abrange 460 quilômetros de rodovias, com investimento previsto de R$ 8,8 bilhões. Em 1º de novembro, será leiloada a loteria estadual, buscando empresas com experiência e capacidade financeira para garantir um serviço de qualidade.
Com esses leilões, o governo paulista espera não apenas atrair investimentos significativos, mas também melhorar a qualidade dos serviços públicos oferecidos à população.