O apartamento em um condomínio de luxo na cidade de Santos , na Baixada Santista, do goleiro João Paulo, do Santos , que disputa a Série B do Campeonato Brasileiro, teria sido alvo de uma tentativa de assalto no último dia 1º de outubro, segundo a polícia, que investiga o crime. O caso foi revelado apenas neste domingo pelo Fantástico, da Globo, que exibiu as imagens das câmeras de segurança dos criminosos invadindo o prédio pela garagem e fazendo reféns.
A tentativa de roubo acabou frustrada pela polícia militar, avisada pelo porteiro do condomínio. Ao menos cinco suspeitos foram detidos, sendo que um deles, o motorista do carro usado no crime, tentou fugir e acabou baleado pelos policiais. Enquanto aguardavam o retorno do jogador do Santos, que havia saído para tratar uma lesão – está afastado dos gramados desde maio -, os criminosos fizeram ao menos seis reféns, todos liberados posteriormente sem qualquer ferimento.
Entrada pela garagem facilitada
Posteriormente, analisando as imagens das câmeras de segurança, a delegada que investiga o caso chegou à conclusão que tinha sido o próprio porteiro que teria facilitado a entrada do veículo com os quatro criminosos na garagem.
"Depois, nossos peritos constataram que ele (o porteiro) próprio acionou e liberou a entrada pelo portão ali para o veículo ingressar no edifício. Enfim, o tempo todo ele estava consciente. Para mim, ele foi um mentor intelectual", afirmou a delegada Lilian Doretto ao Fantástico.
Ao menos dois quarteirões da rua onde está localizado o condomínio foram interditados. No carro, foi encontrada muita munição e um controle remoto da garagem.
Participação no crime, após ameaças
Pressionado, o porteiro acabou admitindo participação no plano, mas justificou, alegando que tinha sido ameaçado pelos assaltantes.
Em depoimento à polícia nesta semana, Juliane Costa, esposa do goleiro, revelou que, no dia do crime, o porteiro ligou no celular dela para perguntar se eles estavam em casa, por volta das 12h30. No mesmo horário, a polícia ainda negociava a liberação dos reféns.
A mulher do goleiro, que é policial militar, informou que o casal guarda ao menos 10 armas legalizadas em casa e que costuma frequentar clubes de tiro. A polícia investiga se as armas podem ter sido a motivação para a invasão no prédio.
Após o ocorrido, João Paulo e a mulher postaram vídeo nas redes sociais tranquilizando familiares, amigos e os fãs.