A Agência Nacional de Energia Elétrica ( Aneel ) anunciou que irá intimar a Enel para apresentar justificativas sobre o apagão que atingiu São Paulo entre a noite de sexta-feira (11) e a madrugada de sábado (12).
A empresa terá que propor uma "adequação" no serviço de distribuição de energia. Caso a distribuidora não apresente uma solução imediata e satisfatória, a Aneel pode instaurar um processo que pode culminar na recomendação de revogação da concessão junto ao Ministério de Minas e Energia ( MME ).
O apagão afetou 2,6 milhões de consumidores, sendo 2,1 milhões atendidos pela Enel. Na manhã de sábado, aproximadamente 1,6 milhão de clientes ainda estavam sem energia. A empresa informou que um plano de emergência foi ativado, com cerca de 800 equipes nas ruas e 2,5 mil técnicos mobilizados ao longo do dia. Além disso, 500 geradores foram instalados em pontos críticos e dois helicópteros foram enviados para sobrevoar as linhas de alta tensão, a fim de identificar problemas em áreas de difícil acesso.
Em coletiva de imprensa, o presidente da Enel São Paulo , Guilherme Lencastre , disse que não havia um prazo definido para o restabelecimento total da energia.
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Ministério de Minas e Energia cobra ação da Aneel
O Ministério de Minas e Energia (MME) também se manifestou sobre o apagão afirmando que estabeleceu uma sala de situação para monitorar o caso e cobrou da Aneel medidas mais rigorosas. Em nota, o MME destacou problemas "reiterados" na área de concessão da Enel e criticou a Aneel por falhas na fiscalização.
“Mostrando novamente falta de compromisso com a população, a agência reguladora não deu qualquer andamento ao processo que poderia levar à caducidade da distribuidora, requerido há um ano pelo Ministério, o que deve ensejar a apuração da atuação da Aneel junto aos órgãos de controle”, escreveu.
A concessão da Enel para distribuição de energia em São Paulo vai até 2028. Até o momento, a empresa não se pronunciou sobre o posicionamento da Aneel e do MME.
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