A Justiça Eleitoral determinou que o ex-couch excluísse a publicação
Instagram/@pablomarcalporsp - 12.09.2024
A Justiça Eleitoral determinou que o ex-couch excluísse a publicação

influenciador e autodeclarado ex-coach Pablo Marçal (PRTB)  compartilhou na noite da última sexta-feira (4) uma publicação que associava o concorrente político Guilherme Boulos (PSOL) com o uso de drogas . Na publicação, o candidato à Prefeitura de São Paulo anexou um suposto laudo médico que dizia que o psolista teria procurado ajuda médica por conta do uso de cocaína.

Entretanto, uma série de evidências mostram que o documento apresentado por Marçal trata-se de um prontuário médico falso.  Boulos já entrou na Justiça de São Paulo com um pedido de prisão do ex-coach por falsificação de documento.

A atitude de Marçal às vésperas da eleição municipal levantaram questionamento se ele poderia ser retirado da disputa política. Ao  iG Último Segundo , o  advogado de Direito Eleitoral Alberto Rollo  esclareceu a dúvida e afirmou que o candidato não poderá ser restirado da disputa.

"Não dá tempo. É impossível disso acontecer. Precisa inclusive saber que tipo de ação e que tipo de processo é. Não é assim, da noite para o dia que você retira alguém da urna. Lá na frente, dependendo da acusação, se houver a condenação, ele poderia até ficar inelegível ou poderia ter o diploma cassado. Mas isso é lá na frente!", explica o advogado.

Ele afirma que, pela demora da investigação e do processo, o caso não poderia ser finalizado nem para o segundo turno: "Imagina o processo que está começando ontem. Ele tem direito de defesa, direito contraditório que está na Constituição. Se o juiz der a sentença na primeira instância, lá na zona eleitoral,  ele pode recorrer para o TRE. Se o TRE der uma decisão contra ele, [Marçal] pode recorrer no TSE. Então, tudo isso leva tempo, não dá tempo de fazer isso em um ou dois dias, mas também não dá tempo para o segundo turno que são 21 dias".

Segundo Rollo, os casos em que um político pode ter sua candidatura cassada são em casos de:

  • abuso de poder;
  • abuso econômico;
  • abuso dos meios de comunicação social;
  • abuso do poder político;
  • registro quando registro está sendo questionado;
  • entre outros casos mais específicos.

No entanto, Rollo é categórico em dizer que, em todos os casos, as ações são movidas em um período longo antes das eleições.

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