Debate para prefeitura de SP tem ofensas, ameaça de processo e poucas propostas; veja

Candidatos pareciam mais preocupados em atacar os adversários do que apresentar ideias para a capital paulista.

Nunes e Marçal protagonizaram bate-boca que levou a advertências
Foto: Reprodução/RedeTV!/Uol
Nunes e Marçal protagonizaram bate-boca que levou a advertências

Os candidatos à  prefeitura de São Paulo se encontraram nesta terça-feira (17) em debate promovido pelo UOL/RedeTV! e a reunião foi marcada por ausência de propostas claras, agressões pessoais , advertências e declarações lembrando a "cadeirada" a Pablo Marçal (PRTB), no embate da TV Cultura.

Além de Marçal, foram selecionados para o debate os candidatos que lideram a disputa na cidade: Guilherme Boulos (PSOL),  José Luiz Datena  (PSDB), Marina Helena (Novo), Ricardo Nunes (MDB) e Tabata Amaral (PSB).

O debate teve, além de cadeira presa no chão , regras mais rígidas. Com isso, logo nos primeiros minutos, Marçal e Ricardo Nunes receberam a primeira advertência, por um bate-boca iniciado após o atual prefeito ser chamado de aliado do PCC (Primeiro Comando da Capital) pelo ex-coach.

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A rigidez nas regras, porém, não impediu que, no primeiro bloco, o debate fosse recheado de ofensas, que foram de "orangotango" e "thcuchuca do PCC" a "covarde" e "golpista". 

Nunes e Marçal protagonizaram um bate-boca que resultou em uma advertência para cada um, já que eles, apesar de intervenção da âncora Amanda Klein, não pararam de trocar farpas. 

Tudo começou quando Marçal disse que Nunes seria preso por desviar recurso de merendas escolares e o prefeito rebateu dizendo que o "golpista" que aplica golpes em aposentados era o ex-coach. 

Poucas propostas

segundo bloco teve novas acusações, mas sem nenhum pedido de resposta. Mesmo assim, foram poucas propostas apresentadas e muitos ataques. 

Logo no início, Marina Helena acusou sem provas Tabata Amaral de viajar em jatinho particular para visitar o namorado, João Campos (PSB), atual prefeito de Recife, e candidato à reeleição. A candidata do PSB negou e prometeu processar a adversária do Novo. 

"Aguarde um processo. Você não pode trazer uma afirmação que simplesmente não corresponde à realidade." Após o fim do debate, no entanto, em entrevista ao UOL, Tabata prometeu que, caso Marina se retrate, ela não prestará queixas à Justiça. 

No terceiro bloco, os pedidos de resposta dispararam conforme os ataques iam se avolumando. A maioria feita por Marçal a Ricardo Nunes e Datena, lembrando as supostas agressões sexuais e a mulheres. 

Durante o debate, Datena foi questionado sobre seu arrependimento em relação à sua decisão de se lançar como candidato após ter sido anunciado como vice na chapa de Tabata Amaral. Já Pablo Marçal enfrentou perguntas sobre suas críticas ao Bolsa Família e se a sua intenção era acabar com o programa caso chegasse à presidência.

No decorrer do debate, Nunes teve que responder a questões sobre possíveis irregularidades em contratos emergenciais da prefeitura, enquanto Boulos foi desafiado sobre a falta de adesão da periferia à sua campanha.

Marina Helena também participou das discussões, abordando sua proposta para a tarifa variável do ônibus e expressando sua opinião sobre se considerava o candidato Pablo Marçal um representante da direita.

No último bloco do debate, foram apresentadas as considerações finais de cada candidato.

O debate

A RedeTV!, em parceria com o UOL, promoveu um debate entre os candidatos à Prefeitura de São Paulo. O encontro foi mediado pela jornalista Amanda Klein, e aconteceu na sede da emissora, na Grande São Paulo.

O debate RedeTV!/UOL teve cinco blocos. Dois tiveram confrontos diretos entre os candidatos. Em outros dois blocos, jornalistas da RedeTV! e do UOL fizeram perguntas aos candidatos. No último bloco, foram ouvidas as considerações finais.

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