SP: 3º suspeito na morte de PM e filha em farmácia é preso

Anderson de Oliveira Valentim, 46, e Alycia Perroni Valentim, 19, foram assassinados do lado de fora do estabelecimento

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Policial militar e sua filha morreram após troca de tiros

Policiais militares da Força Tática prenderam neste domingo (3) o terceiro suspeito de envolvimento na morte do policial militar Anderson de Oliveira Valentim, de 46 anos, e de sua filha, Alycia Perroni Valentim, de 19 anos.

Os agentes descobriram a localização do suspeito e informaram a um batalhão do interior de São Paulo, após trabalho de inteligência do Batalhão de Ações Especiais da PM, segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP).

Os policiais abordaram o suspeito na condução de uma van particular de transporte de passageiros que seguia com destino a Mongaguá, cidade do litoral paulista.

O homem ofereceu resistência e precisou ser contido. Ele foi detido, passou por uma unidade médica em Itanhaém, na Baixada Santista, e depois foi levado ao Distrito Policial do município. As informações são do G1.

De acordo com a SSP, o primeiro suspeito, de 30 anos, foi encontrado em uma via pública, aparentemente embriagado, na última terça-feira (27). Na quarta (28), um adolescente de 17 anos foi apreendido por envolvimento no crime. Ele foi encontrado em Guarulhos após denúncia anônima e confessou sua participação. Os assassinatos ocorreram na noite de segunda-feira (26).

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Flávia Perroni Valentim deu entrevista à TV Globo falando sobre o caso


Flávia Perroni Valentim, mulher de Anderson e mãe de Alycia, afirmou que a família espera ver os criminosos presos o mais rápido possível. “Nós estamos numa batalha. Ainda não vencemos”, disse ela na terça-feira (27) durante o programa Encontro com Patrícia Poeta (TV Globo).

“Dependemos ainda da prisão dos três bandidos que fizeram isso com a minha família. E nós estamos em luto, com o sentimento e o vazio que fica a partir de agora.”

Ela continou: “Meu marido e minha filha traziam espiritualidade, felicidade. Tenho que ter força de levar a verdade para as pessoas. O Anderson, como policial militar, me ensinou a ser forte, me preparou para esse momento, eu sabia o que eu tinha que falar, o que era importante para a polícia ouvir.”


Relembre o caso

Segundo Flávia, em entrevista ao SP2 (TV Globo), na segunda-feira (26) ela, o marido e a filha pararam em uma farmácia para comprar uma medicação para  Alycia, que havia passado a madrugada em um hospital com gastrite nervosa.

O atendente da farmácia abriu a porta e a trancou após a entrada de Flávia. Na sequência, apareceram os três criminosos que forçaram a porta e não conseguiram entrar.

Do lado de fora, Anderson e a filha estavam no carro. O policial notou a movimentação dos criminosos e trocou tiros com eles. “Até pensei que eles iriam entrar na loja. O atendente da farmácia me puxou para a parte de trás do balcão para me proteger dos tiros", disse Flávia.

"Eu peguei minha bolsinha que estava em cima do balcão, puxei meu celular, liguei para o Copom [Centro de Operações da PM] e fiz o que o Anderson sempre me orientou. Dei as características do que estava acontecendo, o local onde estava acontecendo, o endereço, o que eu consegui ver."

A viúva afirmou na entrevista que o marido agiu corretamente ao reagir. “O Anderson está sendo muito julgado. Ele era preparado para aquilo. O rapaz passa, dá tchauzinho, manda ele sair fora. Primeiro: ele não é covarde, ele nunca ia me deixar dentro da farmácia para os caras estourarem. O pessoal está dizendo que eles iam embora, mas eles não iam, porque tinha um carro esperando", disse.

As vítimas

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Anderson de Oliveira Valentim tinha 46 anos, e Alycia Perroni Valentim tinha 19 anos

Anderson de Oliveira Valentim era cabo da 3ª Companhia do 7° Batalhão de Polícia Militar. Já Alycia Perroni Valentim era estudante de Direito. Anderson tinha com a esposa um terreiro de Umbanda na Zona Norte da capital. O PM compartilhava a rotina no terreiro pela internet e era engajado em causas sociais.