O pastor Valdomiro Santiago, líder da Igreja Mundial do Poder de Deus , fez um acordo judicial com a Prefeitura de Ilhabela para parcelar uma dívida de R$ 2,8 milhões em IPTU atrasado de uma mansão luxuosa no arquipélago.
Segundo a administração municipal afirmou à Justiça que, apesar de o imóvel estar em nome da igreja, a mansão é de uso recreativo (veraneio) e pessoal do Pastor Valdemiro Santiago. Ainda segundo a prefeitura, o patrimônio de Santiago se confunde com o da própria instituição religiosa.
Localizada na avenida José Pacheco do Nascimento, na Praia do Veloso, a mansão tem uma área de mais de 3 mil metros quadrados que conta com três piscinas, ginásio, heliponto e 22 quartos com banheira e televisão.
Dívida de IPTU desde 2015
Desde 2015, a prefeitura de Ilhabela tenta receber os valores. No entanto, apesar do acordo, o pagamento da dívida só começou a ser efetuado este ano, após a Justiça determinar a penhora e leilão da área.
Depois da renegociação, a administração municipal solicitou que houvesse a suspensão do processo por um prazo de seis meses a partir de fevereiro. A Justiça acatou o pedido.
De acordo com o documento do processo, negociação foi feita no dia 14 de fevereiro de 2023 e o primeiro pagamento foi feito no dia 22 do mesmo mês. O acordo prevê que a Igreja Mundial do Poder de Deus pague 60 parcelas de R$ 48.075,95, totalizando R$ 2.884.557,55 à prefeitura da cidade.
Penhora do dízimo dos fiéis
O dizímo pago por fiéis da Igreja Mundial da Graça de Deus , em Ubatuba , será penhorado para o pagamento de dívidas da instituição que é liderada pelo pastor Valdemiro Santiago , determinou a Justiça.
Segundo a decisão, cerca de 10% do valor arrecadado pela igreja durante os cultos será 'pehorado' para o pagamento de uma dívida de aproximadamente R$ 70 mil em honorários devidos a um advogado que atuou em um processo de despejo contra o templo.
No processo, a Igreja Mundial do Poder de Deus foi condenada a pagar mais de R$ 880 mil em aluguéis atrasados para uma professora que locou um prédio onde funcionava o templo na cidade.
A instituição foi condenada em, pleo menos, duas instâncias e, agora, a igreja não pode mais recorrer. No entanto, o processo segue em fase de execução, já que não houve o pagamento da dívida.
O valor imposto pela decisão judicial chegou a ser contestado pela igreja, mas o juiz que assumiu o caso rejeitou o pedido. Sem o pagamento, houve, ainda, a determinação para o bloqueio das contas da Igreja, no entanto, não foram encontrados saldos.
Além dos aluguéis, a igreja, em Ubatuba, foi condenada a pagar os honorários do advogado Cesar Augusto Leite e Prates, que representou a professora no processo.
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