Umas das professoras agredidas pelo aluno de 13 anos que matou uma docente e feriu outras cinco pessoas em uma escola de São Paulo afirmou, nesta quinta-feira (30), que inicialmente achou que Elisabeth estava passando mal.
Ana Célia Rosa, de 58 anos , prestou depoimento à Polícia Civil nesta tarde. Ela levou facadas na mão, no braço, na perna, na cabeça e precisou levar 64 pontos para fechar os ferimentos. Ele teve alta na última terça-feira (28).
"Entrei na sala porque ouvi os alunos gritando que era para ajudar a professora Elisabeth, eu não sabia o que tinha acontecido. Até então, para mim ela tinha passado mal na sala de aula", disse a professora de história em entrevista a jornalistas.
"Quando cheguei, ela estava caída, já tinha uma poça de sangue. Ele veio na minha frente, eu pedi ajuda para ele. Disse: ‘por favor, ajuda, ajuda’. Eu não tinha nem reparado que ele estava com máscara. Foi quando ele me deu a primeira facada", complementou.
Célia afirmou ainda que o agressor "é só uma criança" e que torce para que um "anjo da guarda" entre na vida dele.
"Ele é só uma criança, gente. Ele é uma vítima do sistema. Eu quero que ele encontre na vida dele um anjo da guarda que nem eu tenho na minha. Eu falei para todo mundo: meu anjo da guarda não dorme. Então eu quero que ele encontre o dele também", exclamou Ana.
Justiça quebra sigilo telefônico de aluno
A Justiça acatou o pedido de quebra de dados telefônicos e telemáticos do adolescente de 13 anos responsável pelo ataque a faca à Escola Estadual Thomazia Montoro, lozalicada no bairro da Vila Sônia, Zona Oeste da capital.
O pedido feito pela Polícia Civil foi atendido pela Justiça na manhã desta quinta-feira. O objetivo é saber se o autor do crime recebeu ajuda de outras pessoas para planejar e cometer o ataque.
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A polícia investiga a possível participação indireta de outros dois meninos no plano. Um dos suspeitos teria incentivado a ação nas redes sociais. O usuário autor das mensagens, de acordo com os policiais, é amigo do agressor.
O outro suspeito que está sendo investigado foi flagrado em vídeo conversando com o autor do ataque em frente ao banheiro da escola momentos antes da ação. Em seguida, ele sai do banheiro e o agressor aparece com a máscara de caveira no rosto, utilizada na hora do atentado.
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